A tiragem dos jornais e revistas da Suíça é observada pelo Instituto de Pesquisa e Estudos da Mídia Publicitária (REMP). Apresentado esta semana, sua mais recente pesquisa revela que a maioria dos grandes títulos impressos assistem a uma erosão dos seus leitores.
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Especialista em política suíça em nível federal. Anteriormente trabalhou na Agência Suíça de Notícias (ATS) e na Rádio Fribourg.
A diminuição foi significativa para os dois principais jornais do país. Na Suíça de língua francesa, o “Le Matin” perdeu 21 mil leitores desde outubro passado para estabilizar-se em 275 mil. Na Suíça de língua alemã, o “Blick” perdeu 38 mil e conta agora 617 mil.
A maioria dos jornais de domingo também está numa descida íngreme. Quanto aos jornais regionais, a redução é significativa na Suíça ocidental, de língua francesa, onde alguns títulos perderam até um décimo de seus leitores. A situação é mais estável na Suíça de língua alemã e italiana.
Esta erosão de leitores da mídia impressa é observada há vários anos e afeta todos os países industrializados. É explicada pela crescente difusão da mídia eletrônica.
Mas globalmente, a mídia impressa está longe de ter dito a sua última palavra. De acordo com o relatório de 2014 da Associação Mundial dos Jornais e Revistas, 2.5 bilhões de pessoas – 49% da população adulta mundial – liam jornais impressos em 2013. E se o número de jornais publicados a cada dia está em declínio nos países ocidentais, ele é cada vez maior no resto do mundo.
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Apesar da queda no número de leitores, os jornais continuam sendo muito importantes na Suíça. De acordo com dados do Banco Mundial, os jornais eram lidos por 75,10% dos suíços em 2013. No mundo, apenas os japoneses têm uma taxa de penetração mais alta (83,2%).
Adaptação: Fernando Hirschy
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