Nestlé corta vínculos com empresa indonésia de óleo de palma

Dendês recém-colhidos que são usadas para fazer óleo de palma. Keystone / Dedi Sinuhaji

A gigante suíça de alimentos Nestlé cortará o óleo de palma da controversa empresa indonésia Astra Agro Lestari (AAL) até o final deste ano.

A Nestlé não explicou em detalhes as razões por trás de sua decisão, mas a AAL tem sido criticada por grupos ambientalistas por supostas ocupações de terras e abusos dos direitos humanos.

A Nestlé não compra o óleo de palma diretamente da AAL, mas recebe o produto através de fornecedores.

No sábado, a Nestlé confirmou à Keystone-SDA os detalhes de uma reportagem anterior da Reuters. Em uma declaração, a empresa suíça disse ter instruído seus fornecedores a “tomar as medidas necessárias para garantir que o óleo de palma de três empresas AAL não entre mais em nossa cadeia de fornecimento indireto”.

A empresa suíça disse que até o final de 2021, 91% de seu óleo de palma estava classificado como livre de desmatamento e 71% como produzido de forma sustentável. Se um fornecedor não corrigir os problemas identificados, “nós tomamos medidas decisivas”.

“A Nestlé e outros gigantes consumidores têm agora uma oportunidade monumental de assegurar que as queixas sejam corrigidas, que os conflitos sejam resolvidos e que seja feita justiça às comunidades”, disse a ONG ambientalista Amigos da Terra à Reuters.