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Pressão aumenta para traders suíços envolvidos em escândalo no Brasil

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Os promotores brasileiros alegaram que Vitol, Glencore e Trafigura, além de outras empresas, pagaram pelo menos US$ 31 milhões em propinas, durante um período de seis anos, para funcionários da Petrobras Keystone

A pressão está aumentando para as empresas internacionais de comercialização de commodities com fortes laços com a Suíça por seu suposto envolvimento na operação Lava a Jato. O Federal Bureau of Investigation dos EUA está investigando dois executivos da Vitol nas Américas, segundo a agência de notícias Reuters.

Com base em informações de fontes anônimas, a agência ReutersLink externo informou que Mike Loya, chefe da Vitol nos Estados Unidos, com sede em Houston, e Antonio Maarraoui, diretor da empresa para a América Latina e o Caribe, estão sendo investigados pela agência de segurança americana.

Isso acontece um dia após as autoridades suíças terem anunciado que vão ajudar os promotores brasileiros em sua investigação sobre um esquema de corrupção envolvendo as empresas internacionais de comércio de commodities Vitol, Glencore e Trafigura – todas com fortes laços com a Suíça.

Em dezembro do ano passado, promotores brasileiros alegaram que as três empresas, e outras, pagaram pelo menos 31 milhões de dólares em propinas, durante um período de seis anos, para funcionários da petrolífera estatal brasileira Petróleo Brasileiro SA, a Petrobras, para garantir vantagens em negócios.

A Procuradoria Geral da Suíça recebeu pedidos entre junho de 2018 e janeiro de 2019 para “assistência jurídica mútua” de promotores brasileiros em relação à investigação. Os pedidos diziam respeito a duas das três empresas e a várias pessoas. No entanto, o procurador-geral não os identificou.

O Departamento de Justiça dos EUA lançou sua própria investigação sobre esses negócios em dezembro e também está cooperando com as autoridades brasileiras. Loya e Maarraoui não foram acusados no Brasil nem nos EUA.

Longo inquérito

A Operação Lava a Jato começou em março de 2014 como uma investigação sobre alegações de que executivos da Petrobras aceitaram subornos de construtoras em troca de contratos com preços inflacionados.

O caso incluiu dezenas de políticos, entre eles o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que começou a cumprir uma sentença de 12 anos por acusações de corrupção em abril.

Em abril de 2018, o Ministério Público suíço havia aberto mais de 100 processos criminais ligados ao escândalo da Lava a Jato na América do Sul depois que alguns bancos suíços foram usados para subornar funcionários da Petrobras pela empreiteira Odebrecht SA.

A cooperação entre as autoridades suíças, norte-americanas e brasileiras nos casos da Lava a Jato levou ao maior acordo de leniência do mundo, depois que a Odebrecht concordou em pagar US$ 2,6 bilhões.

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swissinfo.ch/fh

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