Plano de resposta a segunda onda do coronavírus na Suíça exclui lockdown
De acordo com o jornal NZZamSonntag, o governo suíço é contra a imposição de um confinamento se uma segunda onda de Covid-19 atingir a nação alpina. A imprensa do fim de semana também fez um balanço de como a Suíça tem lidado com a pandemia em geral.
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swissinfo.ch/fh
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Swiss Covid-19 second wave response plan excludes national lockdown
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O órgão executivo suíço, o Conselho Federal, está desenvolvendo um plano de resposta para um cenário de segunda onda que coloca ênfase em uma abordagem regional, com os cantões na liderança, relata o NZZamSonntag, semanário de língua alemã com sede em Zurique.
As autoridades cantonais, de acordo com o conceito de gerenciamento da crise, seriam capazes de ordenar de forma independente medidas como a imposição de quarentenas para enfrentar futuros surtos de infecções por coronavírus. Isto significa que se um surto se desenvolver em uma região, lojas, restaurantes, hotéis ou mesmo vilarejos inteiros poderiam ser confinados.
Os secretários de segurança dos cantões de Berna, Valais e Grisões confirmaram esta mudança de rumo em comentários ao jornal.
O ministro suíço da Saúde, Alain Berset, escreveu no sábado um artigo de opinião no qual argumentava que a Suíça, notória por sua divisão não centralizada do poder e seu apego à construção de consensos, havia gerenciado a crise de forma tão eficaz quanto nações com sistemas centralizados de governança.
No final de fevereiro, “nos perguntamos se nossas instituições seriam suficientemente robustas para suportar o choque desta pandemia, se nosso sistema conhecido por sua lentidão seria capaz de enfrentar um fenômeno exponencialmente crescente”. Hoje, nós temos a resposta: A Suíça provou a si mesma”, disse no artigo.
A avaliação de Berset foi publicada no sábado no jornal Le Temps e nos jornais de língua alemã do grupo Tamedia.
Np entanto, a edição do SonntagsZeitung, outro semanário de língua alemã, continha relatos afirmando que as autoridades federais inicialmente subestimaram a crise do coronavírus com base nas atas das reuniões de crise obtidas graças à Lei de Transparência.
“O vírus não se espalha tão facilmente quanto o vírus da gripe, então há uma boa chance de que a situação esteja sob controle”, teria dito, em 24 de fevereiro, Daniel Koch, então responsável pelas doenças infecto-contagiosas do Ministério da Saúde suíço.
Nesse mesmo dia, um de seus subordinados argumentou, ao contrário, que o novo coronavírus representava “uma ameaça particular à saúde pública” e recomendou que o Conselho Federal declarasse a “situação especial”. Essa advertência foi ignorada.
Os jornais também relatam que, de acordo com os documentos, o Ministério da Saúde há muito acreditava que havia material suficiente no país para enfrentar a crise. Observam também que a estratégia de uso de máscaras – que acabou se tornando uma recomendação em ambientes onde o distanciamento social não é possível, mas não é uma exigência – também enfrentou críticas internas.
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