Pedidos de auxílio financeiro para estudantes estrangeiros aumentam na Suíça
O número de estudantes universitários que solicitam ajuda financeira aumentou desde o início da pandemia de Covid-19. A maioria das solicitações é feita por estudantes estrangeiros que vivem em situações precárias.
Em 2022, quase 45.000 estudantes, ou cerca de 7% da população estudantil, solicitaram ajuda financeira. Um total de 354 milhões de francos suíços (290 milhões de dólares) foi distribuído. De acordo com os números do Departamento Federal de Estatística, isso representa um aumento de quase 20% nos últimos dez anos.
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Em Neuchâtel, a federação estudantil criou um fundo de emergência durante a Covid-19, pois não havia mais ajuda disponível na universidade. Esse fundo foi mantido após o término do período, pois os pedidos continuaram a chegar.
“Hoje, nos encontramos em uma situação em que temos ainda mais pedidos do que antes e temos que fazer mais e mais apelos por doações porque não temos dinheiro ilimitado. Este ano, tivemos que encontrar CHF 40.000”, explicou o presidente da associação de estudantes de Neuchâtel, Marius Hofer, na televisão pública suíça RTS.
Esse fenômeno de insegurança estudantil é observado de perto pelo Observatório da Vida Estudantil da Universidade de Genebra. Não é de surpreender que os números de Genebra tenham aumentado com a Covid-19. O número de alunos que recebem ajuda financeira saltou de 468 em 2019 para 906 em 2022. O valor do auxílio aumentou em 35%.
“Se os alunos têm os recursos para se integrar à sociedade de Genebra, o que eles recebem em auxílio os ajuda a sobreviver. Como resultado, os estudantes que têm mais dificuldades são geralmente aqueles que estão distantes da sociedade local, especialmente os estudantes estrangeiros, que têm muito mais probabilidade de serem encontrados em situações precárias”, explica Jean-François Stassen, diretor científico do Observatório da Vida Estudantil da Universidade de Genebra.
O Observatório vem fornecendo alimentação gratuita aos estudantes nos últimos três anos, graças a doações financeiras e à recuperação de alimentos.
“Para nós, o único critério é ser estudante”, diz Lucien Rappaz, coordenador da associação. Duas vezes por semana, os voluntários montam um espaço de convivência nas instalações alugadas pela cidade. Durante os dois dias, 750 estudantes visitam a mercearia. O número é limitado, pois a demanda é maior do que a oferta.
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