Pequenas empresas subestimam ameaças cibernéticas

Um total de 502 líderes empresariais de PMEs foram pesquisados sobre o impacto da digitalização e da segurança cibernética. Keystone / Oliver Berg

O tema da segurança cibernética ainda é subestimado por muitas pequenas e médias empresas (PMEs), de acordo com um estudo. Em particular, houve pouco progresso na implementação de medidas de proteção contra ataques de hackers.

Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisa social e de mercado gfs. A principal descoberta: As PMEs suíças ainda veem a segurança cibernética como uma prioridade baixa e que as medidas de proteção de longo prazo são implementadas apenas de forma hesitante. “Por isso, não há quase nenhum progresso na luta contra o crime cibernético”, disse Simon Seebeck, chefe do Centro de Competência em Risco Cibernético da seguradora Mobiliar, em uma coletiva de imprensa na terça-feira.

Um total de 502 líderes empresariais de PMEs foram pesquisados sobre o impacto da digitalização e da segurança cibernética. A pesquisa foi encomendada pela digitalswitzerland, a empresa de seguros Mobiliar, a Universidade de Ciências Aplicadas do Noroeste da Suíça FHNW, a Academia Suíça de Ciências da Engenharia e a Alliance Digital Security Switzerland.

Algumas empresas se descrevem como “pioneiras digitais” e estão mais à frente do que a média na implementação técnica e organizacional de medidas de segurança no setor de TI. No entanto, essas empresas estão se tornando cada vez mais raras.

Especificamente, cerca de um quinto das PMEs pesquisadas se consideraram “pioneiras” em cada um dos anos anteriores. Na pesquisa deste ano, esse número foi de apenas um décimo.

“Em geral, não se trata apenas da implementação técnica de medidas de segurança”, observou Seebeck. Especialmente porque isso geralmente é terceirizado para prestadores de serviços de TI externos. Acima de tudo, as medidas organizacionais, como a conscientização dos funcionários ou o backup de dados, devem ser levadas a sério e tratadas adequadamente.

Grandes empresas visadas

No entanto, quando perguntados sobre incidentes reais, apenas cerca de 11% dos CEOs de PMEs disseram que já haviam sido vítimas de criminosos cibernéticos. Uma boa metade dos atacados sofreu danos financeiros.

De modo geral, as PMEs provavelmente também são afetadas com menos frequência por ataques cibernéticos do que as grandes empresas. De acordo com uma pesquisa publicada há cerca de duas semanas pela empresa de consultoria Deloitte, 45% das empresas com mais de 250 funcionários foram vítimas de um ataque pelo menos uma vez. Entre as PMEs pesquisadas, o número de empresas que sofreram um “ataque grave” foi significativamente menor, 18%.

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