Pianista turco é retirado do programa de concertos da Suíça após tuíte sobre Gaza

O pianista Fazil Say compartilhou na rede X (antigo Twitter) uma declaração do presidente turco Erdogan atribuindo a Israel o ataque ao hospital Al Ahli em Gaza. Keystone / Bernd Thissen

A rede suíça de supermercados Migros excluiu o pianista turco Fazil Say de uma série de concertos depois que ele publicou um tweet sobre o conflito no Oriente Médio. O músico compartilhou na rede X (antigo Twitter) uma declaração do presidente turco Erdogan atribuindo a Israel o ataque ao hospital Al Ahli, em Gaza.

O que está em questão são “as declarações públicas de Fazil Say após o ataque terrorista a Israel, que não são defensáveis para a Migros”, disse uma porta-voz da Federação das Cooperativas Migros à Keystone-ATS no fim de semana, confirmando uma reportagem do jornal suíço Blick.

Em sua mensagem publicada no X, Fazil Say compartilhou uma postagem de Erdogan, na qual ele atribuiu a Israel o ataque fatal com foguete ao Hospital Al Ahli, na Faixa de Gaza. Say agradeceu a Erdogan por sua explicação sensata e pediu que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu fosse levado à justiça. Ele também disse que todas as pessoas devem fazer algo para acabar com essa guerra.

Em vez de Fazil Say, o pianista suíço Louis Schwizgebel se apresentará com a Orquestra Sinfônica da Cidade de Birmingham. Os concertos estão programados para 23 a 26 de outubro em Zurique, Berna, Genebra e Lucerna.

Em reação a essa decisão, Fazil Say publicou uma declaração em sua conta no X. “Tudo o que escrevi permanece em minhas mídias sociais sem nenhuma alteração”, disse ele. “Sou a favor da paz, e todas as minhas declarações foram feitas no espírito da paz. E sempre fui a favor do bem, do compromisso e da busca conjunta de um belo futuro.”

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