Em 2015, o lucro bruto de ambos ficou muito acima dos seus concorrentes internacionais. Para o grupo Migros, a margem bruta foi de 40,2%; para o rival Coop, 29,8%. Em 2016, os dois gigantes do varejo tinham cerca de 28 bilhões de dólares em volume de negócios, diminuindo sua concorrência local.
A vigilância dos preços está de olho nos varejistas. Patrick Ducrey, vice-diretor da Comissão Suíça de Concorrência, diz que as duas redes de supermercados têm um “duopólio de fato”. Isso significa que elas têm mais poder de negociação na hora de comprar produtos para alinhar suas prateleiras.
“As margens brutas são uma caixa preta”, disse Ducrey ao jornal SonntagsZeitung. Tanto Migros como Coop explicaram que a produção de bens em suas próprias fábricas ajuda a aumentar seus ganhos.
No entanto, as margens de lucro são muito inferiores às margens brutas. Como explica o porta-voz do Coop, Ramón Gander, ao jornal Baselland Zeitung: “Com 1,7%, nossa margem de lucro é bastante baixa em comparação aos nossos concorrentes internacionais”. Isso pode ser atribuído em parte aos salários mais altos da Suíça e o aluguel do espaço mais caro.
A porta-voz do Migros, Luzi Weber, disse ao Baselland Zeitung que, sendo uma cooperativa, o grupo Migros não podia maximizar seus lucros. “Nós não pagamos dividendos aos acionistas ou bônus aos gerentes”, disse Weber.
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