Problemas com energia podem retardar crescimento suíço

A invasão russa da Ucrânia e as preocupações subseqüentes com as fontes de energia tornam o panorama econômico incerto. (c) Copyright 2022, Dpa (www.dpa.de). Alle Rechte Vorbehalten

As previsões de crescimento econômico suíço para 2022 e 2023 foram revistas significativamente para baixo, em meio à incerteza sobre o fornecimento de energia e a inflação.

Um grupo de especialistas governamentais baixou suas expectativas de crescimento do PIB para 2% em 2022, em comparação com os 2,6% previstos em junho. Para 2023, sua previsão foi revisada de 1,9% para 1,1%, de acordo com um comunicado de imprensaLink externo do governo na terça-feira.

Após um primeiro semestre positivo do ano 2022, a economia suíça enfrenta agora uma perspectiva deteriorada, dizem os especialistas. “Uma situação de tensão energética e aumentos acentuados de preços estão pesando sobre as perspectivas econômicas, especialmente na Europa”, diz o comunicado de imprensa.

A economia suíça continuou a se recuperar durante o segundo trimestre deste ano, com o crescimento impulsionado pelo setor de serviços. Os gastos dos consumidores aumentaram substancialmente em lazer, hotelaria e viagens desde o fim das restrições de saúde pública ligadas à pandemia de Covid-19.

Entretanto, os indicadores econômicos atuais apresentam um quadro misto, de acordo com os especialistas. A inflação na Suíça continua modesta pelos padrões internacionais, portanto, partes da economia devem continuar a se recuperar, mas eles dizem que o ambiente internacional desafiador provavelmente exercerá pressão crescente sobre alguns segmentos das indústrias orientadas para a exportação.

O grupo de especialistas reduziu suas expectativas para a demanda global, especialmente na Europa, Estados Unidos e China, que são os principais parceiros comerciais da Suíça. Além disso, o aumento dos preços da energia significa que a Suíça também pode esperar uma inflação mais alta do que a originalmente projetada, o que poderia amortecer a demanda interna. Os especialistas esperam agora uma inflação de 3% para este ano e de 2,3% para 2023.

O grupo de especialistas baseia sua previsão no pressuposto de que não haverá uma grave crise energética com paradas de produção generalizadas.