Imigração e digitalização desafiam educação suíça

O relatório disse que é preciso melhorar os resultados dos jovens que não completaram toda a sua escolaridade na Suíça Keystone

As escolas suíças devem acompanhar a digitalização e garantir que as crianças imigrantes não fiquem atrás de seus colegas, de acordo com um relatório anual sobre a educação.

Mas a Suíça está perto de atingir sua meta de garantir que 95% da população com mais de 25 anos complete o ensino médio.

As conclusões de 2018 foram apresentadas na terça-feira (19) pelo ministério da educação e pela Conferência Suíça dos Secretários Estaduais de Educação.

Cerca de 94% dos jovens suíços concluíram o ensino médio. A taxa de sucesso é menor para estrangeiros nascidos na Suíça e jovens adultos nascidos no exterior – 86% e 73%, respectivamente.

Segundo o relatório, é preciso melhorar os resultados dos jovens que não completaram toda a sua escolaridade na Suíça.

Necessidades da economia

Ainda não há pesquisas suficientes disponíveis para tirar conclusões sobre o impacto da digitalização na educação, de acordo com os autores do relatório de 300 páginas. Como tal, as previsões são difíceis de fazer.

Os autores, no entanto, enfatizaram que a formação profissionalizante precisa se adaptar ao desafio da digitalização, de modo que a economia suíça seja suprida em profissionais competentes.

Atualmente, a educação suíça atende às necessidades da indústria nacional.

Uma nação de universitários

No que diz respeito ao desenvolvimento do sistema educacional, o relatório observou que a tendência para os cursos superiores continuaria a crescer.

Atualmente, 40% da população suíça têm curso superior, mas espera-se que este número aumente para 60% até o ano 2045.

O crescente número de pessoas com formação superior tem sido absorvido pelo mercado de trabalho. A renda relativa desse segmento da população, portanto, permaneceu constante nos últimos anos.

O relatório de 2018 fornece um resumo do estado do sistema educacional suíço. Uma revisão é publicada a cada quatro anos desde 2010.

swissinfo.ch/fh