Segundo um jornal russo, a agência de viagens “Megapolis Kuror” criou uma oferta específica para os russos que querem morrer. Ela pretende facilitar as coisas aos que pretendem fazer uma última viagem para a Suíça, um dos raros países europeus onde o suicídio assistido é autorizado.
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Nadya Capone é uma jornalista russa-suíça que se mudou para a Suíça em 2009. Natural de Moscou, se formou na Universidade Estadual de Moscou, com mestrado em história. Depois disso, trabalhou para diversas editoras russas. Em 2013, ingressou na swissinfo.ch
Próximo do poder, o diário russo “Izvestia” cita o proprietário da agência de viagem, Anatoli Aronov. Ele afirma que até agora os russos já podem fazer esse tipo de viagem para a Suíça em privado, mas que esse tipo de iniciativa tem riscos e burocracia.
Mas futuramente o suicídio assistido na Suíça poderá ser mais fácil. Anatoli Aronov diz que sua agência de viagem “Megapolis KurortLink externo” fornecerá uma boa organização dessas viagens que um pedido já foi apresentado às autoridades russas competentes para que tais serviços sejam reconhecidos e autorizados.
Nas margens do Léman
“Pensamos em alugar uma casa nas margens do Lago Léman. Depois, vamos organizar um ambiente totalmente individualizado para os candidatos ao suicídio. O que é especialmente importante para nós é o bem-estar do paciente que poderá admirar a paisagem magnífica quando de sua morte em toda a dignidade”, declara Anatoli Aronov ao jornal.
Está prevista uma parceria com uma organização suíça que já é ativa na assistência ao suicídio. Cada paciente será obrigado a ter duas entrevistas confidenciais com um médico especializado e um psicólogo. Essas viagens devem custar aproximadamente 5.000 francos suíços.
Gravação vídeo obrigatória
Anatoli Aronov precisa ainda que os pacientes deverão exprimir claramente a vontade de se suicidar diante de uma câmera, afim de evitar dificuldades jurídicas posteriores. Na Rússia, a assistência ao suicídio é proibida, mas é permitido organizar viagens ao estrangeiro com esse objetivo.
“Essa ideia não é fundamentalmente nova. Europeus tendo decidido livremente de abandonar a vida viajam há bastante tempo para a Bélgica ou a Suíça, onde a ajuda ao suicídio é legal. É possível que um número importante de russos já aproveita dessa possibilidade”, diz ainda Anatoli Aronov.
O suicídio assistido à maneira suíça é muito solicitado há alguns anos. Dados da Divisão Federal de Estatística, 725 casos foram registrados em 2014, ou seja, 2,5 vezes mais do que no ano anterior. Ainda em 2015, os suicídios representavam 1,2% de todas as mortes na Suíça.
A economia suíça deve respeitar os limites do planeta, conforme proposto pela iniciativa de responsabilidade ambiental, ou isso seria prejudicial à prosperidade do país? E por quê?
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