Além de financiar a infraestrutura do país anfitrião, a taxa ajudaria a cobrir as medidas de integração para ajudar os novos moradores. Os economistas Margit Osterloh e Bruno Frey admitem que a ideia de cobrar uma taxa aos refugiados pode parecer estranha no início.
“Mas os refugiados já gastam muito dinheiro na esperança de chegar até nós”, afirmam ao jornal NZZ am Sonntag, ressaltando que a soma – 9 mil dólares em média para uma viagem arriscada, se não perigosa – acaba sustentando as organizações criminosas. Além disso, um passaporte falso custa entre 2 a 4 mil dólares.
Assim, Osterloh e Frey recomendam que os refugiados dispostos a aderir às regras do país anfitrião recebam vistos de entrada e de trabalho com efeito imediato, em troca de uma taxa. Os que receberem asilo seriam reembolsados, e os que decidirem finalmente voltar para casa também receberiam algum dinheiro de volta.
Osterloh e Frey afirmam que esse sistema encorajaria os refugiados a se integrar e melhorar suas perspectivas nos países de acolho. E os economistas observam ainda que isso seria uma bênção para seus países de origem.
“Os imigrantes enviam muito dinheiro para casa, o dobro da ajuda mundial oficial ao desenvolvimento. E é duas vezes mais eficaz, porque não se perde através da burocracia e da corrupção, o dinheiro indo direto para os necessitados”, defendem os economistas, que têm várias décadas de experiência, incluindo o ensino em universidades suíças.
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