Gosto de encontrar e conhecer pessoas. Minhas áreas favoritas são política, direito de asilo e minorias. Radiojornalista por formação, já trabalhei anteriormente em emissoras da região do Jura e como freelancer.
O mercado de trabalho suíço está cada vez mais aberto aos países vizinhos. O número de residentes fronteiriços ultrapassou a marca de 325.000 este ano, um número recorde. O aumento é particularmente acentuado no Ticino e em Genebra.
Depois de ter caído um pouco em 2018, o número de fronteiriçosLink externo que trabalham na Suíça voltou a subir este ano: 325.291 pessoas atravessaram a fronteira todos os dias no terceiro trimestre de 2019, um recorde histórico. O pico anterior remonta a 2017 com 316.491 residentes fronteiriços registrados. A situação econômicaLink externo bastante favorável da Suíça nos últimos anos e a flexibilização da situação do mercado de trabalhoLink externo explicam em parte esta tendência.
O aumento diz respeito principalmente aos trabalhadores franceses (+7166 num ano) e italianos (+5551). A força de trabalho da Alemanha tende a estagnar (+25 apenas).
Vários fatores podem explicar essas diferenças, diz Giovanni Ferro LuzziLink externo, professor de Economia da Universidade de Genebra e da Universidade de Administração: “Penso que a situação no mercado de trabalho é melhor na Alemanha do que na França ou na Itália, quer se olhe para a taxa de desemprego ou para os rendimentos relativos”.
O mercado de trabalho também pode ser mais flexível, argumenta o professor, com menos restrições associadas aos contratos permanentes. E o poder de compra é maior. “Passar tempo no transporte para atravessar a fronteira parece, portanto, menos atraente para os trabalhadores alemães do que para os trabalhadores italianos ou franceses”, diz Giovanni Ferro Luzzi.
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O Ticino absorve a maioria destes novos residentes fronteiriços (+4944), seguido de Genebra (+3971) e do cantão de Vaud (+1481). A situação permanece estável em Zurique e o número de trabalhadores fronteiriços está mesmo a diminuir ligeiramente na região de Basileia. “A reserva de mão-de-obra é relativamente limitada no Ticino e em Genebra”, diz Giovanni Ferro Luzzi. Quando a situação econômica é boa, essas regiões abrem-se logicamente à Itália e à França.”
O acesso à habitação também pode desempenhar um papel importante: é mais fácil e mais barato estabelecer-se na Suíça de língua alemã do que em Genebra. “As condições de vida são muito melhores na região de Genebra do outro lado da fronteira”, acrescenta o professor de economia.
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As perspectivas para o mercado de trabalho suíço são bastante sombrias, de acordo com a última pesquisaLink externo do Centro de Pesquisa Econômica (KOF) do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique (ETH Zurique). As avaliações e as expectativas das empresas que operam no setor industrial deterioraram-se acentuadamente, mas o otimismo mantém-se elevado nos setores da construção, financeiro e de outros serviços. No geral, parece que a desaceleração da economia global está começando a afetar a economia suíçaLink externo. Só o futuro dirá se este declínio no crescimento terá um impacto na evolução do número de residentes fronteiriços.
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