Tribunal francês multa banco suíço por evasão fiscal

Keystone / Martial Trezzini

O banco privado suíço Reyl foi multado em 5,75 milhões de euros (CHF5,7 milhões) na França, após ter admitido facilitar a evasão fiscal entre 2009-2013.

O responsável do banco, François Reyl, também recebeu uma pena de prisão suspensa de um ano e uma multa de 500.000 euros.

O Ministério Público Financeiro Nacional da França propôs as sentenças sob um reconhecimento preliminar de culpa e o tribunal as aprovou.

O procedimento remonta a 2013. Na época estavam em andamento investigações sobre o ex-ministro francês do Orçamento Jerôme Cahuzac, que foi considerado culpado em 2016 por esconder fundos não declarados na Suíça. Cahuzac foi condenado a uma pena de três anos de prisão. O banco Reyl foi multado em 1,8 milhões de euros e seu diretor foi condenado a uma pena de prisão suspensa de um ano e a uma multa de 375.000 euros.

Mas foram levantadas suspeitas sobre outras contas não declaradas pertencentes a clientes franceses em Reyl. Uma nova investigação foi então aberta.

Em janeiro de 2016, a Reyl se declarou culpada de fraude fiscal ligada a seis contas e foi multada em 2,8 milhões de euros.

Foi investigada uma oitava conta não declarada, pertencente a Alexandre Allard, empresário e antigo proprietário do luxuoso hotel parisiense Royal Monceau. Na terça-feira, o tribunal de Paris o condenou a uma pena de prisão suspensa de um ano e a uma multa de 2 milhões de euros.

Philippe Houman, ex-assessor financeiro, também foi condenado a uma pena de prisão suspensa de um ano e a uma multa de 375.000 euros no julgamento de Cahuzac. Na terça-feira, ele foi acusado de criar empresas e abrir contas bancárias para outros sete clientes. Ele recebeu uma pena suspensa de um ano e uma multa de 500.000 euros.