O diretor-presidente do Credit Suisse, Tidjane Thiam, ganhou um pouco menos em 2017 durante seu terceiro ano no cargo, anunciou o banco na sexta-feira. A notícia chega em um momento de escrutínio sobre salários e bônus de executivos.
Thiam ganhou CHF 9,7 milhões (US $ 10,26 milhões) no ano passado, correspondendo a uma queda de 5,3% em relação a 2016, segundo o segundo maior banco da Suíça.
“O comitê de remuneração considera que a remuneração total proposta pelo Sr. Thiam para 2017 de CHF9,7 milhões reflete seu forte desempenho contra o conjunto de medidas [de reestruturação], ao mesmo tempo em que reconhece que o grupo ainda está em fase de transição”, disse o presidente do comitê, Kai Nargolwala. em uma nota incluída no relatório anual do banco.
De acordo com o Credit Suisse, a mudança salarial está relacionada a um declínio no bônus de incentivo de longo prazo de Thiam, que prevê um futuro pagamento em ações ligado ao cumprimento de metas nos próximos três anos.
No ano passado, o Credit Suisse concordou em reduzir os bônus de executivos em 40%, incluindo bônus em dinheiro em 2016, e em ações em 2017, após uma revolta dos acionistas.
O banco registrou um prejuízo de CHF 983 milhões para 2017 após eliminar “ativos podres” em suas operações nos Estados Unidos. Tirando essa despesa extraordinário, e considerando o resultado do banco antes dos impostos, 2017 foi o primeiro ano em que o banco fechou no azul desde que Thiam lançou seu plano de recuperação em 2015.
O anúncio da compensação de Thiam ocorre duas semanas depois que o UBS anunciou que seu executivo-chefe havia recebido uma compensação de CHF 14,2 milhões em 2017, contra CHF 13,7 milhões em 2016. O UBS, maior banco da Suíça, ao contrário do CS, conseguiu evitar o mesmo escrutínio dos acionistas sobre remuneração.
Um mudança na lei suíça em 2013 concedeu aos acionistas o direito de veto sobre os salários dos altos executivos e dos membros do conselho das empresas listadas em bolsa.
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