O motorista da van envolvida no acidente que causou a morte de doze passageiros portugueses quinta-feira em Allier, França, ainda está internado em uma clínica psiquiátrica. Os corpos das vítimas foram repatriados nesta terça-feira para Portugal.
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swissinfo.ch com agências, swissinfo.ch com agências
“Houve a fase da emergência. Agora é a hora da investigação”. Quatro dias após a terrível colisão frontal entre uma van vinda de Romont, no cantão de Friburgo (oeste), e um camião italiano na autoestrada RN 79, no departamento francês de Allier, o promotor de Moulins (França), Pierre Gagnoud, declarou à imprensa os primeiros elementos da investigação.
O acidente matou doze portugueses, com idades entre 7 e 62 anos. Nove moravam no cantão de Friburgo, três no vizinho cantão de Vaud. Todos haviam embarcado em um veículo registado em Portugal para passar o feriado da Páscoa no país. As malas estavam em um trailer puxado pela van. Só o jovem motorista sobreviveu.
Ultrapassagem perigosa
Para o magistrado francês, a hipótese de uma ultrapassagem perigosa é a mais provável, o trecho, limitado a 90 km/h, sendo uma área autorizada à ultrapassagem.
Problemas mecânicos, de saúde ou de alguém ter adormecido no volante já foram excluídos. O motorista italiano do camião diz que a van fez uma ultrapassagem perigosa. Na reta, de mão dupla, há muito pouco espaço para se evitar um obstáculo na estrada. As autoridades francesas lançaram um apelo a testemunhas para encontrar os veículos ultrapassados.
As autoridades francesas abriram um inquérito por homicídio involuntário causado pelo motorista do veículo, acompanhado de circunstâncias agravantes, no caso pôr em risco a vida dos outros e o fato do motorista não estar autorizado a conduzir transportes de passageiros. Se condenado, o jovem português pode pegar até 10 anos de prisão.
Sob custódia
As autoridades pretendem interrogar ainda esta semana o rapaz e seu tio, dono da operadora de viagens que o acompanhava em outro carro. Os dois foram transferidos para uma instituição psiquiátrica e não estão autorizados a deixar a França.
Os investigadores irão reconstruir o interior da van, uma Mercedes Sprinter que normalmente não se destina a transportar pessoas, para determinar se a adaptação do veículo estava em ordem ou se tratava de uma improvisação ilegal.
As doze vítimas não foram autopsiadas, apesar da morte violenta, para que seus corpos fossem restituídos o mais rápido possível aos familiares em Portugal.
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