Entrar na lista de participantes da reunião anual do Fórum Econômico Mundial (WEF) não é tarefa fácil. Apenas cerca de 3.000 pessoas conseguem o bilhete de entrada. Apesar dos esforços para atrair mais jovens e mulheres, o participante médio ainda é um homem de 50 anos da Europa Ocidental ou da América do Norte.
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Kai trabalha como designer na equipe multimídia da SWI swissinfo.ch. Na junção entre jornalismo e design, desenvolve infográficos, animações, mapas e novos formatos para mídias sociais.
Jessica cobre todos os aspectos, inclusive os menos simpáticos, das multinacionais e seu impacto na Suíça e no exterior. Está sempre em busca de uma conexão suíça com sua cidade natal, San Francisco (EUA). E discute com prazer sobre as razões que levaram sua cidade natal a ter produzido algumas das maiores inovações do mundo, sem ter resolvido o problema da crise habitacional.
Então, quem você pode esperar encontrar neste seleto clube? Mais da metade dos participantes são empresários, com uma grande parte de diretores executivos, como o CEO da Glencore, Ivan Glasenberg, e o presidente da Roche, Christoph Franz.
Das mais de 330 personalidades públicas, espera-se que 60 chefes de Estado participem, incluindo o presidente suíço Ueli Maurer e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, além de vários novos rostos, entre eles, líderes recém-eleitos do Iraque, Brasil e Equador. Mais de 40 chefes de organizações internacionais, incluindo o brasileiro Roberto Azevêdo, da Organização Mundial do Comércio (OMC), participarão.
Embora mais da metade dos participantes sejam oriundos da Europa e da América do Norte, tanto a China quanto a Índia têm mais de 100 pessoas presentes. E o país anfitrião, a Suíça? Há mais de 300 participantes da nação alpina na lista, embora mais de 30 deles trabalhem para o WEF.
Menos de um quarto dos participantes são mulheres – um número que praticamente não se alterou em relação ao ano anterior. O grupo inclui várias líderes, da primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, à diretora executiva da Oxfam International, Winnie Byanyima.
A voz da juventude
A 49ª edição da reunião anual do WEF em Davos se concentrará em como a grande ruptura tecnológica moldará uma nova era de globalização. Com mais de 350 sessões sobre temas como a “força de trabalho da segurança cibernética de amanhã” e “Investir para o longo prazo”, os organizadores reconhecem a necessidade de trazer mais vozes da próxima geração para a discussão.
Embora menos de 130 participantes tenham 30 anos ou menos, o WEF convidou seis de seus jovens “Global Shapers” para co-presidir a reunião ao lado do CEO da Microsoft, Satya Nadella, na esperança de manter o foco nas necessidades das futuras gerações.
O participante mais jovem, com apenas 16 anos, é o fotógrafo sul-africano Skye Meaker, enquanto o mais velho é Sir David Attenborough, 92 anos, renomado radialista de história natural e vida selvagem, que usou seu trabalho para chamar a atenção para a mudança climática.
Outros convidados especiais e líderes culturais incluem o cantor Bono, do U2, a atriz malaia Michelle Yeoh e a premiada cineasta Sharmeen Obaid Chinoy, do Paquistão. O WEF também informou que o príncipe William, da Grã-Bretanha, participará para discutir seu trabalho sobre saúde mental.
Adaptação: Fernando Hirschy
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