Eles soam bem modernos e avançados, os painéis no Fórum Econômico Mundial deste ano. Termos como 'inclusão' e 'diversidade' são frequentemente mencionados, assim como solidariedade com os refugiados. Mas no tocante a gênero e poder, um olhar mais atento sobre a lista de convidados revela: o participante padrão continua a ser homem, branco, por volta dos 55 anos de idade.
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Alexander Thoele é de origem alemã e brasileira e ingressou na swissinfo.ch em 2002. Nascido no Rio de Janeiro, concluiu seus estudos de jornalismo e informática em Brasília e Stuttgart.
Kai trabalha como designer na equipe multimídia da SWI swissinfo.ch. Na junção entre jornalismo e design, desenvolve infográficos, animações, mapas e novos formatos para mídias sociais.
O lema da edição de 2018 do WEF – “Criando um futuro compartilhado em um mundo fraturado” – parece promissor: prospectivo, fresco e com consciência da diversidade do mundo, visando a ‘construção de pontes’ para um diálogo mais fluido. No entanto, uma representação equilibrada dos participantes em relação ao gênero, idade e origem está longe de corresponder ao discurso dominante.
Apenas um quinto dos participantes são mulheres. E mesmo entre elas mulheres, a idade média de 50 – em comparação com os 54 anos de idade masculina – não é realmente indicativa da “próxima geração” de líderes que é mencionada no programa. Aliás, a representação suíça em Davos tampouco está particularmente bem posicionada em termos de diversidade. A proporção de mulheres é de 20%, pouco abaixo da média global.
Entre os convidados, dominam os ocidentais – e os do setor privado; há mais representantes dos EUA e da Europa do que de todas as outras regiões do mundo combinadas. Mesmo que a organização do Fórum se orgulhe de incluir personalidades da política, das artes e das ciências, a maioria esmagadora (70%) é de representantes de empresas privadas.
swissinfo.ch/ets
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