WEF: Oxfam pede imposto extra para empresas alimentícias
As empresas alimentícias que obtêm grandes lucros com o aumento da inflação devem pagar mais impostos para ajudar a reduzir a desigualdade global, disse o grupo de combate à pobreza Oxfam na segunda-feira, quando a reunião anual do Fórum Econômico Mundial (WEF) começa na estação de esqui suíça de Davos.
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AP/Keystone-SDA/ts
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WEF: Oxfam urges windfall tax on food companies
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Essa é uma das ideias de um relatório, Survival of the RichestLink externo, da Oxfam International, que há uma década procura destacar a desigualdade no WEF.
O relatório, que visa provocar discussões em painéis com líderes corporativos e governamentais esta semana, disse que o mundo tem sido assolado por crises simultâneas, incluindo a mudança climática, o aumento do custo de vida, a guerra da Rússia na Ucrânia e a pandemia de Covid-19, mas os mais ricos do mundo ficaram mais ricos e os lucros corporativos estão aumentando.
Nos últimos dois anos, os 1% super-ricos do mundo ganharam quase duas vezes mais riqueza do que os 99% restantes juntos, disse a Oxfam na segunda-feiraLink externo. Enquanto isso, pelo menos 1,7 bilhão de trabalhadores vivem em países onde a inflação supera o aumento dos salários.
Para combater esses problemas, a Oxfam pediu um aumento dos impostos para os ricos através de uma combinação de medidas que incluem impostos únicos “solidários” e o aumento das alícotas mínimas para os mais ricos. O grupo observou que a alícota real de imposto do bilionário e CEO da Tesla, Elon Musk, de 2014 a 2018 foi um pouco mais de 3%.
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A ONG Solidar Suisse apoiou as exigências da Oxfam, por exemplo, que o mundo deveria visar reduzir pela metade a riqueza e o número de bilionários até 2030 como ponto de partida. Isto poderia ser feito, por exemplo, aumentando o imposto sobre a riqueza para o 1% mais rico do mundo, disseLink externo a Solidar Suisse em uma declaraçãoLink externo na segunda-feira.
Uma “tributação justa” das pessoas mais ricas do mundo poderia ser um “instrumento contra a desigualdade extrema” para os chefes de Estado, disse.
Na Suíça, um imposto sobre a riqueza corresponderia a 37,1 bilhões de dólares (CHF34,2 bilhões) anualmente, de acordo com a Solidar Suisse. Só isso aumentaria a receita tributária em 4,6% do PIB ou o suficiente para triplicar o orçamento da saúde.
Lucros excessivos
Alguns governos se voltaram para a tributação dos lucros inesperados das empresas de combustíveis fósseis, já que a guerra da Rússia na Ucrânia elevou os preços do petróleo e do gás natural no ano passado, comprimindo as finanças domésticas em todo o mundo.
A Oxfam quer que a idéia vá mais longe para incluir as grandes corporações de alimentos, como forma de diminuir a crescente brecha entre ricos e pobres.
“O número de bilionários está crescendo, e eles estão ficando mais ricos, e também grandes empresas de alimentos e energia estão obtendo lucros excessivos”, disse Gabriela Bucher, diretora executiva da Oxfam International.
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“O que estamos pedindo são impostos extras, não apenas sobre as empresas de energia, mas também sobre as empresas de alimentos para acabar com esta exploração da crise”, disse ela.
O relatório da Oxfam diz que as corporações ricas estavam usando a guerra como desculpa para repassar aumentos de preços ainda maiores. Os alimentos e a energia estão entre os setores dominados por um pequeno número de atores que têm oligopólios efetivos, e a falta de concorrência lhes permite manter os preços altos, disse o grupo.
A Oxfam disse que sua análise de 95 empresas que obtiveram excesso, ou lucros inesperados, revelou que 84% desses lucros foram pagos aos acionistas enquanto os preços mais altos foram repassados aos consumidores.
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