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Eleições nos EUA: o que dizem eleitores da Carolina do Norte

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À medida que os Estados Unidos se aproximam da eleição presidencial de novembro, na qual a vice-presidente democrata Kamala Harris e o ex-presidente republicano Donald Trump vão se enfrentar, a AFP avalia a situação em condados-chave de sete estados-pêndulo, considerados cruciais na disputa.

O Condado de Scotland, na Carolina do Norte, emergiu como um distrito decisivo em um estado fundamental para ambos os candidatos presidenciais. 

Confira aqui o que alguns eleitores estão dizendo:

– Carolyn Banks, professora aposentada –

Para Carolyn Banks, uma professora aposentada negra de 73 anos, a coisa mais importante no 5 de novembro é que “todos tenham a oportunidade de votar… E que nossos jovens saiam para votar, especialmente este ano”.

Banks, que agora é a vice-presidente do conselho escolar do Condado de Scotland, se preocupa com a desinformação eleitoral e com a possibilidade de os eleitores escolherem “uma pessoa que não é qualificada, que não tem moral, que não se importa com as pessoas”.

Ao falar após uma reunião local do Partido Democrata, Banks fez uma referência velada a Trump, que foi condenado no final de maio por múltiplos crimes relacionados à falsificação de registros contábeis para ocultar pagamentos que visavam comprar o silêncio de uma atriz pornô.

– Larry, encanador –

Em uma loja de artigos para o lar em Laurinburg, Larry, que preferiu não revelar seu sobrenome para proteger a privacidade de sua família, disse que a coisa mais importante para ele em novembro seria a vitória de Trump.

“Este mundo está indo para o buraco”, declarou o encanador de 32 anos, que também é proprietário de uma empresa de construção. “Precisamos de alguém melhor no cargo. Não é Biden”.

– Yampiere Lugo, auxiliar administrativo –

Com panfletos do Partido Democrata nas mãos, Yampiere Lugo e Sarah Hardy se aproximam de uma casa em Laurinburg, sob o sol escaldante de verão. Mas um dos moradores rapidamente pede para que eles se retirem – algo que os ativistas dizem ouvir com frequência.

Para Lugo, um auxiliar administrativo de 25 anos, o mais importante nas eleições de novembro é “apenas garantir que encontraremos uma maneira de proteger nossa democracia”.

“Acho que recentemente vimos muita retórica vinda de Donald Trump e do Partido Republicano que tem sido realmente assustadora para mim, especialmente como jovem”, afirmou, mencionando especificamente a questão do acesso ao aborto.

O estado – e o destino – da democracia nos Estados Unidos é a maior preocupação de Lugo, que também tem na lista a crise climática.

– Frank McDuffie, acadêmico –

Frank “Bishop” McDuffie, de 72 anos, é o diretor do Laurinburg Institute, uma escola preparatória historicamente negra fundada por seus avós há 120 anos para oferecer educação a estudantes afro-americanos durante a segregação.

Entre seus famosos ex-alunos está a lenda do jazz Dizzy Gillespie.

McDuffie afirma que a coisa mais importante ao votar é proporcionar “oportunidades” para o futuro.

“Não podemos voltar atrás. Só podemos avançar”, disse ele à AFP. Seu maior medo é que o país vá “para trás na ignorância”.

– Kamaaria Mackins, estudante de direito  –

Kamaaria Mackins, uma estudante de direito de 25 anos, quer encontrar um candidato que se alinhe com seus “valores e sistema de crenças”.

A jovem mulher negra disse temer que sua própria geração esteja “descendo ladeira abaixo”.

“Sinto que há muitas questões que precisam ser abordadas para que nossa próxima geração dê um passo à frente, tenha as ferramentas necessárias para ter sucesso e se tornem líderes do nosso futuro”, declarou Mackins.

rle/sst/ic/mvv

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