Evolução ‘satisfatória’ de Bolsonaro, que continua internado
O presidente Jair Bolsonaro segue “mantendo evolução clínica satisfatória” depois de ser internado em São Paulo na quarta-feira por uma obstrução intestinal, informou o hospital nesta quinta-feira (15).
“Desta forma, foi retirada a sonda nasogástrica e planeja-se o início da alimentação para amanhã”, informou a equipe médica do Hospital Vila Nova Star em boletim.
Por enquanto, eles não planejam dar alta a ele, mas também não irão operá-lo.
Bolsonaro, de 66 anos, se manifestou à noite de sua cama de hospital em entrada ao vivo no programa “Alerta Nacional”, do apresentador Sikêra Jr., acompanhado do chefe da equipe médica que o atende, Antônio Luiz Macedo. Ele insistiu que sua situação se deve à “facada” que levou no abdômen durante sua campanha eleitoral de 2018.
“Essa obstrução é sempre um risco muito alto, mas graças a Deus de ontem para hoje evoluiu bastante esse quadro. Então, as chances de cirurgia realmente estão bastante afastadas”, declarou o presidente.
O médico também disse que “a cirurgia em princípio está afastada”.
Bolsonaro foi internado em uma emergência em Brasília na quarta-feira para investigar as causas de uma dor abdominal aguda e de soluços persistentes, que já duravam mais de 10 dias.
No Hospital das Forças Armadas (HFA) da capital foi detectada uma “obstrução intestinal”, por isso seu médico decidiu transferi-lo para São Paulo para fazer novos exames e avaliar a possibilidade de uma cirurgia de emergência.
Um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro, informou nesta quinta-feira em um vídeo postado no Telegram que retiraram do presidente “cerca de um litro de líquido” acumulado em seu estômago devido à obstrução e que isso aliviou consideravelmente suas dores.
Conforme revelado por outro de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro, o presidente “chegou a ser intubado por precaução” ao entrar em uma unidade de terapia intensiva em Brasília.
Desde que levou a facada, Bolsonaro passou por quatro cirurgias relacionadas ao ataque ou por causa de suas consequências.
A atual internação ocorre em um contexto de crise política e de diminuição de sua popularidade, com suspeitas de corrupção nos contratos negociados por seu governo para compra de vacinas contra o coronavírus, que já deixou quase 540 mil mortos no país.