Explosão acidental mata cinegrafista italiano em Gaza

Um cinegrafista italiano que trabalhava para a agência de notícias AP morreu, ao lado de quatro pessoas, nesta quarta-feira, em Gaza, durante uma tentativa de desativar um míssil israelense.
Médicos e fontes oficiais de Gaza indicaram que cinco pessoas, incluindo um jornalista estrangeiro, morreram ao norte da Faixa de Gaza quando especialistas palestinos tentavam desativar um míssil israelense.
O porta-voz dos serviços de emergência palestinos, Ashraf al-Qudra, afirmou que seis pessoas ficaram gravemente feridas.
A Associated Press confirmou a morte de um de seus jornalistas Simone Camilli, de 35 anos, que trabalhava para a agência americana desde 2005.
Um fotógrafo da AP, Hatem Moussa, ficou gravemente ferido na explosão.
Camilli, o primeiro jornalista morto desde o início da ofensiva israelense em Gaza, em 8 de julho, filmava a operação de desativação do míssil.
O governo da Itália também confirmou a morte de Camilli.
“A morte de Simone Camilli é uma tragédia para sua família e para o país. Mais uma vez, um repórter paga o preço de uma guerra que já dura muitos anos”, destacou a ministra italiana das Relações Exteriores, Federica Mogherini, em um comunicado.
Segundo a imprensa italiana, Simone Camilli, de 35 anos, filmou há três anos um documentário sobre a Faixa de Gaza e trabalhava para vários meios de comunicação internacionais, incluindo a AP.
Camilli trabalhou em coberturas no Oriente Médio, Turquia e Bálcãs. Também fez reportagens sobre o naufrágio do cruzeiro “Costa Concordia” na Itália.
A explosão aconteceu poucas horas antes do fim de uma trégua de 72 horas.
Israel e Hamas mantêm negociações indiretas no Cairo, com a meta de alcançar um acordo que acabe em definitivo com a ofensiva israelense, que tem como meta impedir os lançamentos de foguetes a partir da Faixa de Gaza.
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