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É preciso gerir melhor o meio ambiente mundial

Chineses aplicam pesticidas em macieiras. Keystone

No Fórum Ministerial de Dubaï, a Suíça vai defender a idéia de uma gestão mais coerente da ecologia, explica Franz Perez, da Secretaria Federal do Meio Ambiente.

Entre os temas a serem tratados no Fórum está a gestão internacional dos produtos químicos perigosos.

A maior reunião de ministros do meio ambiente jamais organizada começa hoje (07/02) em Dubaï, nos Emirados Árabes Unidos. A Suíça será representada pelo ministro do Meio Ambiente e atual presidente da Confederação Helvética, Moritz Leuenberger.

Antes da chegada dos ministros, uma centena de delegados elaboraram um projeto de tratado sobre para a gestão internacional de produtos químicos perigosos. A necessidade é urgente, segundo especialistas, dada a alta exponencial e quase incontrolável da produção.

Em Dubaï, também serão discutidas as questões da energia renovável, do turismo equitativo e da alta dos preços do petróleo. O ministros tentarão ainda fazer estimativas de até que ponto os danos ao meio ambiente podem comprometer o crescimento econômico em forte progressão como na Índia e na China.

Entre os membros da delegação suíça está Franz Perrez, chefe da seção Assuntos Globais da Secretaria Federal do Meio Ambiente (OFEV).

swissinfo: Quais são os maiores desafios do Fórum?

F.P.: Um dos problemas essenciais é o do setor químico. Antes do Fórum Ministerial, os delegados participaram da Conferência Internacional sobre a Gestão de Produtos Químicos. Um texto foi elaborado e adotado para uma visão estratégica da gestão internacional de produtos químicos (SAICM)

Um outro ponto importante é a contribuição à comissão da ONU sobre o desenvolvimento sustentável.

swissinfo: Quais os principais objetivos da delegação suíça em Dubaï?

F.P.: Nós achamos que o PNUE deveria contribuir para promover a coerência e as sinergias na gestão do meio ambiente, sobretudo dos dejetos químicos e poluentes.

swissinfo: Além de grandes debates haverá resultados concretos ?

F.P.: Primeiro, é bom dizer que as discussões não são inúteis. É importante debater para chegar a posições comuns. Mas o PNUE é mais que uma simples instância de debates.

No passado, ele teve um papel essencial na elaboração de covenções internacionais sobre os produtos químicos. Agora, o importante é tomar decisões acertadas para que o SAICM possa funcionar.

Entrevista swissinfo, Thomas Stephens

O Fórum Ministerial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente ocorre de 7 a 9 de fevereiro 2006.
Estão presentes representantes de 160 países e 130 ministros do Meio Ambiente.
A Conferência Internacional sobre a gestão dos produtos químicos ocorreu de 4 a 6 de fevereiro de 2006.
Prevê-se que a produção de químicos aumente de 85% nos próximos 15 anos, com 1.500 novos produtos por ano.

Em Genebra estão os secretariados das três convenções internacionais mais importantes sobre o lixo tóxico.

– A Convenção de Rotterdam, em vigor desde 2004, regulamenta o comércio internacional de produtos químicos perigosos. Ele estipula que a exportação desses produtos é autorizada somente com o acordo do país importador, em conhecimento de causa.

– A Convenção de Estocolmo trata de 12 poluentes orgânicos persistentes (POP) altamente perigosos para o homem e o meio ambiente, sobretudo através da cadeia alimentar.

– A Convenção de Basiléia rege as exportações e a eliminação de lixo especial e é um acordo ambiental global e completo sobre os produtos perigosos.

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