“Comércio eqüitativo” completa 10 anos
A marca Max Havelaar, que garante produtos de preços mais justos a pequenos agricultores do Sul, existe há uma década na Suíça.
Uma dezena de produtos traz a marca. A mais conhecida é a do café, a primeira a ser lançada.
A base das trocas promovidas por Max Havelaar – uma idéia que surgiu na Holanda há dezessete anos – é garantir uma renda justa aos produtores, fazendo o consumidor pagar o produto um pouco mais caro.
Isso significa preços “eqüitativos”, normalmente superiores à média, mas independentes de variações do mercado (variações que podem decorrer de simples especulações).
Normas ecológicas
Se a Fundação Max Havelaar garante renda decente e apropriada ao produtor, exige deste que respeite, na medida do possível, o meio ambiente, respondendo, portanto, a normas ecológicas.
O papel de Max Havelaar na venda dos artigos da marca – café, mel, cacau, açúcar, chá, banana, suco de laranja (do Brasil), flores, e arroz – é de intermediário entre as lojas ou supermercados e os produtores.
A Fundação não fixa preços, não vende, nem representa a marca.
Uma vez observados os critérios do nome, Havelaar controla as partes envolvidas para que as normas exigidas sejam respeitadas.
Sucesso
Resta ser a Suíça o país europeu onde a marca tem mais êxito. É distribuída pelos dois maiores supermercados do País (Migros e Coop) e registrou em 2001 um crescimento de 35%. O faturamento foi de 84 milhões de francos – € 57 milhões.
São mencionadas duas outras organizações que funcionam com critérios semelhantes a Max Havelaar: Transfair e Fairtrade.
swissinfo
Os produtos da marca Havelaar foram introduzidos na Suíça em 1992 por 6 organizações humanitárias.
São distribuídos nas duas maiores redes de supermercados do país.
As vendas cresceram 35% no ano passado.
Estão previstas a chegada de outros produtos: manga, abacaxi, bola de futebol, tecidos…
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