Consumidor está mais exigente com a carne
O mal da doença da vaca louca, a febre aftosa e frango com dioxina assustam os europeus. Na Suíça os hábitos de consumo de carne mudaram. Come-se menos carne e se exige garantia sobre o que se come. Último exemplo: em Genebra uma campanha pede "respeito à natureza dos animais"...
Uma centena de cartazes com a foto de um porco sadio, “olhos maliciosos e focinho gourmand” – como escreve o jornal Le Matin, de Lausanne – vai ser colada em Genebra. A campanha reivindica respeito à natureza dos animais de criação e enfatiza: “A criação abusiva ainda provoca demasiado sofrimento… Podemos agir, consumindo menos”.
Para o Le Matin, o recado é claro: “Não compre nem coma qualquer coisa”.
Na liderança da campanha, a presidente do WWF de Genebra, ou seja o Fundo Mundial pela Natureza (Sylvia Leuenberger) e uma grafista (Anthy Ioannidès). As duas querem etiquetas e marcas que garantam boas condições de criação dos animais cujas carnes chegam a nossos pratos.
Expande-se a “produção biológica”
Em conseqüência da atitude mais reservada e exigente dos consumidores, o “marché bio” (produção controlada mais respeitosa da natureza) está em plena expansão, em particular na Suíça. No país, a produção “bio” (biológica) de carne de boi e de porco representa atualmente 1,5% do mercado. A previsão é de que passe a 10% em 2005 e a 20% em 2010.
No setor de cereais, a produção biológica já chega a 7% e deve subir na mesma proporção: 10% e 20%, respectivamente em 2005 e 2010.
Farelo de osso é eliminado
Por outro lado, na Suíça a tentativa de acabar com o mal da vaca louca levou as autoridades a ditarem normas severas. Proibiram por ex., o farelo de origem animal como ingrediente nas rações. Toda a produção desse tipo de farelo é sistematicamente eliminada.
A esse respeito, a Divisão Federal do Meio Ambiente acaba de autorizar exportação para incineração na Alemanha de 10 mil toneladas de farelo de osso. Não faz muito tempo tinha permitido a exportação de 6 mil toneladas. Isso porque só tem capacidade para eliminar a metade das 20 mil toneladas produzidas no país.
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