Crise não poupa nem bancos suíços
Lucro líquido dos bancos na Suíça teve uma redução em 2002 de 4,8%. Aumenta também a quantidade de instituições que apresentam prejuízos.
A melhora dos resultados operativos dos bancos deve-se às medidas de economia e demissões em massa. Sindicatos temem mais cortes de empregos.
Os déficits registrados no ano passado pelos bancos estabelecidos na Suíça triplicaram em relação a 2001. A perda total se eleva a 2,6 bilhões de francos suíços. Os lucros líquidos acumulados foram de 11,9 bilhões de francos suíços, o que corresponde a uma redução de 4,8%.
Em 2001, a perda total havia se elevado para 800 milhões de francos suíços. Essa explosão dos déficits deve-se sobretudo às enormes perdas do Banco Cantonal Vaudoisa (BCV) e do Credit Suisse Group (CSG), segundo o Banco Central da Suíça (BNS). No total, 52 instituições tiveram perdas, contra 39 em 2001.
Os maus resultados devem-se, em grande parte, à queda na bolsa de valores.
Em nível puramente operacional, os 356 bancos estabelecidos na Suíça (369 em 2001) conseguiram aumentar em 1,7% o lucro bruto, passando este para 24,5 bilhões de francos suíços. Esse objetivo foi alcançado apesar de uma redução global de 3,2% das atividades bancárias.
Cortes de funcionários ajudam a melhorar os resultados
Uma das razões que explica os resultados razoáveis das atividades financeiras é o fato de que os bancos terem diminuído 2,3% do seu pessoal. Somente os grandes bancos UBS e Credit Suisse demitiram no ano passado 1.200 funcionários. Dessa forma, os custos foram reduzidos em 4,6%.
“Pelos resultados achamos que os bancos alcançaram a fase de consolidação. Porém lembro que em janeiro de 2003, o Credit Suisse teve os piores resultados da sua história”, afirma Susanne Erdös, secretária-geral da Associação dos Empregados no Comércio. “Esperamos ainda que mais dez mil pessoas irão perder os empregos nos bancos da Suíça.
swissinfo com agências
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