Despedida do Chile em hotel histórico
A viagem de cinco dias pelo Brasil e Chile se conclui para o ministro suíço da Economia, Johann Schneider-Amman, e sua delegação.
O ritmo foi duro, pois cada encontro é cronometrado e espera-se aproveitar cada minuto para o bem do Estado. Porém existe o lado humano: o encontro de pessoas, com cargos políticos, mas de diferentes povos, dispostos a dialogar e se conhecer.
Para isso o tempo ajudou. Durante os dois dias no Chile, a impressão era viver um início lento de verão como na Europa, com aquela brisa fresca e a visão da neve cobrindo o pico das montanhas nas cordilheiras que cercam Santiago. A cidade é moderna, repleta de parques e praças. Os policiais são polidos e dão até informação sobre a melhor rua para pegar o taxi, dando inclusive até o preço das corridas.
Nesse ambiente ocorreu o último compromisso oficial de Schneider-Amman: uma reunião acompanhada pelos empresários da delegação e o ministro das Relações Exteriores, Alfredo Moreno, em um prédio histórico: o edifício J. M. Carrera, com dezessete andares e construído para ser o “Hotel Carrera” entre 1937 e 1940 pelos arquitetos Smith Solar e Smith Miller (pai e filho).
Ao contrário do moderníssimo palácio Itamaraty no Brasil, a sede do serviço diplomático chileno é clássica, como alguns prédios em Nova Iorque. O luxo do passado aparece no carpete vermelho, pinturas a óleo e móveis de madeira do século passado.
Em uma das suas salas encontraram-se os dois representantes de governo para uma conversa quase informal. As relações entre o Chile e a Suíça são excelentes nas declarações oficiais. E o que existe em comum entre os dois países não é apenas o fato de terem um território reduzido em relação aos seus vizinhos, mas também de compartilharem a fé liberal.
Só alguns dos tratados de livre-comércio que o Chile
firmou já impressionam: Turquia, Austrália, Panamá, Japão, China, EUA, Canadá, México, Coréia, Centro América, Associação Europeia de Livre Comércio (AELC), Peru e Colômbia.
E com esses predicados, os ministros Johann Schneider-Amman (esq.) e Alfredo Moreno discutiram no grande salão do último andar do edifício J.M Carrera como defender um interesse comum, mas difícil de realizar: o avanço nas Rodadas de Doha.
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