Economia suíça está mais competitiva
A Suíça subiu dois pontos na lista das 55 economias mais competitivas, principalmente devido o dinamismo das empresas exportadoras.
Agora está em 6° lugar, atrás dos Estados Unidos, Cingapura, Hong-Kong, Luxemburgo e Dinamarca, na classificação do Instituto suíço IMD. O Brasil perdeu cinco pontos e está em 49° lugar. Portugal também perdeu dois pontos e está em 39°.
Na classificação anual 2007 publicada quarta-feira, em Lausanne (oeste da Suíça, o IMD coloca a economia suíça em 6° lugar entre os 55 países analisados. Nos dois anos anteriores, a Suíça estava em 8° lugar.
Publicada desde 1989, a classficação da competitividade leva em consideração quatro critérios, com várias subdivisões: desempenho econômico, eficiência do governo, eficácia das empresas e qualidade das infra-estruturas.
“A Suíça é “uma das nações mais competitivas do mundo”, afirma Stéphane Garelli, professor da Universidade de Lausanne e diretor do Centro sobre a Competitividade Mundial do IMD.
Entre os fatores em que a Suíça mais se destaca estão o balanço de contas correntes (2° lugar). Ocupa também o 4° lugar em taxa de emprego, inflação e fluxo de investimentos diretos no estrangeiro.
A Suíça também está entre os mais que mais reduziram a diferença com os Estados Unidos nos últimos anos. Parece longe o perído de estagnação da economia suíça entre 1993 e 2003, que o relatório do IMD qualifica de “década perdida”.
No total, 40 países progrediram ou mantiveram a competitividade frente o n° 1 mundial. Entre os quinze que regrediram em relação aos Estados Unidos estão França, Itália e Brasil.
Dimensão Internacional
O sucesso helvético deve-se em grande parte à dimensão internacional de sua economia. Não somente as grandes empresas mas muitas as pequenas e médias também estão voltadas para a exportação, com excelentes resultados, segundo o relatório.
O IMD coloca a Suíça em 1° lugar pela experiência internacional de seus empresários e em 3° pela qualidade das relações sociais e motivação dos empregados.
Destaca também que a Suíça está bem posicionada para garantir sua prosperidade a longo prazo, com resultadatos brilhantes em infra-estrutura, pesquisa de base (1° lugar), saúde (2°), qualidade de vida (3°) e educação (7°). Tudo isso torna o país atraente para os talentos estrangeiros (2° lugar).
Crescimento lento
O reverso da medalha é que o resto do mundo cresce muito mais rápido que a Suíça. Com 2,2%, segundo o IMD, o crescimento do PIB – Produto Interno Bruto – em 2006, a Suíça perdeu um ponto e se encontra em 50° lugar em matéria de dinamismo econômico.
É que o nível de crescimento médio está em torno de 5%, mais do dobro da Suíça, segundo o IMD. As economias emergentes, principalmente China, Índia e os países do Golfo, estão em corrida frenética para reduzir o atraso frente os Estados Unidos.
Com excedentes financeiros acumulados de 2 trilhões de dólares, os emergentes vão crescer rapidamente, criar suas próprias empresas e comprar outras na Europa, inclusive na Suíça, e nos Estados Unidos, prevê o relatório.
Para manter sua posição excepcional, a Suíça deverá preservar sua capacidade de mudar, inovar e sua abertura de espírito.” A questão é saber se todo mundo vai concordar com isso na Suíça”, questiona Stéphane Garelli.
swissinfo com agências
Segundo o relatório 2007 do IMD, o poder econômico se desloca cada vez mais para os países emergentes (China, Índia, Rússia e países do Golfo).
Os países industrializados resistirão a essa erosão, daí o risco de aumentarem o protecionismo, adverte o professor Stéphane Garelli, do IMD.
Mas essas barreiras serão mais sutís com argumentos como governabilidade das empresas e a proteção do meio ambiente, propriedade intelectual e direitos sociais, prevê o relatório.
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