Marca “Suíça” continua na moda
Natureza intacta, pontualidade, fiabilidade são alguns dos valores atribuídos aos helvéticos. Eles também são usados como uma espécie de charme suíço no argumento publicitário.
Segundo um estudo da Universidade de St-Gallen, os produtos e serviços que usam abertamente sua origem suíça são cada vez mais vendidos.
«A marca mais forte da Suíça é a própria Suíça”, afirmam os autores de um estudo realizado pelo Instituto de Marketing e Comércio da Universidade de St-Gallen, norte da Suíça.
Os pesquisadores estudaram a percepção da marca “Suíça” junto a 300 consumidores suíços e alemães, focalizando-se especialmente produtos alimentares e vestuário.
Os resultados concluíram que a origem suíça dos produtos e dos serviços é cada vez mais apreciada, sobretudo como sinônimo de qualidade.
As montanhas de Heidi
As empresas suíças não deveriam portanto exitar em basear sua estratégia de marketing nos valores do país.
Popriedades que Setephan Feige – autor principal do estudo resume como “qualidade, natureza e montanhas”, sem esquecer os “clichês alpinos” e o mundo intacto de Heidi”.
Ao lado dessa espécie de Eden natural, a Suíça também pode enfatizar valores como fiabilidade, design e abertura ao mundo.
Cada setor deve evidentemente escolher seus próprios argumentos no leque de qualidades tipicamente helvéticas. Assim, por exemplo, Stephan Feige acha que indústria alimentar deveria insistir nas paisagens intactas que garantem produtos naturais, saudáveis e saborosos.
Ele cita o exemplo dos laticínios Emmi, que conquistaram rapidamente mercados estrangeiros, da Alemanha ao Japão.
De outro lado, segundo o estudo de Stephan Feige, no setor de serviços a fiabilidade, a pontualidade e a seriedade são as primeiras virtudes helvéticas.
Quanto à relojoaria, os relógios suíços continuam a ser considerados como os mais precisos e confiáveis.
Pouco atrativo mas não ultrapassado
Porém, os produtos suíços geralmente não têm a reputação de estarem entre os melhores do mercado. O consumidor os considera relativamente caros, com exceção do Swatch, o famoso relógio de plástico.
“É um produto inovador que levou um vento novo ao mercado, explica Stephan Feige. Ele oferece a qualidade suíça a preço muito competitivo”.
Os grupos de consumidores questionados no estudo estimam que os produtos de origem suíça não são vistos como de um “apelo” particular.
No entanto, também não são vistos como ultrapassados ou fora de moda. Isso surpreendeu Stephan Feige, sabendo que muitos empresários suíços haviam se esquecido há anos que a marca suíça podia ser um argumento positivo.
Apenas nos últimos anos – depois da imagem criada para companhia aérea Swiss pelo designer Tyler Brulé – que a imagem tipicamente suíça voltou a ser atraente.
“A cruz suíça é maneira mais concisa de comunicar a identidade helvética, conclui Stephan Feige. É um símbolo único que todo mundo comhece”.
swissinfo, Etienne Strebel
– A marca “Suíça” vende-se muito bem, como demonstra um estudo do Instituto de Marketing e Comércio da Universidade de St-Gallen.
– As motivações principais de comprar “suíça” são a qualidade, a durabilidade e estabilidade.
– De alguns anos para cá, a origem suíça claramente definida não é mais vista como uma marca ultrapassada.
– O estudo foi feito junto a 300 consumidores na Suíça e na Alemanha.
Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch
Mostrar mais: Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch
Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.