Prós e contras do avião A380

Aibus ilustração swissinfo.ch

O projeto europeu do super-avião da Airbus para transporte de até 800 pessoas entusiasma, fascina ou inquieta. Empresas aéreas, como Swissair, se interrogam sobre a utilidade do aparelho para suas necessidades e como preencher suas exigências...

O A380 da empresa européia Airbus será o maior avião civil do mundo, com envergadura de 80 metros, 73 de comprimento, 24 de altura. Deverá transporter, em boas condições, 550 passageiros. Em vôos fretados a capacidade poderia ser aumentada para 800 passageiros. E sua automomia de vôo será também a maior: mais de 14 km.

Um tal mastodonte da aviação tem suas exigências, a começar por pistas mais longas que os grandes aparelhos atuais. O aeroporto internacional de Zurique estima que em dois anos já estaria preparado. No de Genebra a situação parece mais complicada.

Os responsáveis questionam também sobre a utilidade do aparelho para a Suíça, país pequeno, com potencial de passageiros limitado. Porta-voz da Swissair, p. ex., lembra que para as linhas mais freqüentadas, rumo aos Estados Unidos, a demanda é maior para vôos em diferentes horas do dia e não um único vôo de um enorme aparelho como o A380.

Resultado: pelo menos por enquanto o novo avião não interesse à empresa suíça. Resta que a Swissair, preocupada em competir com os grandes da aviação civil, mostra-se atenta à evolução dos acontecimentos. Estima, por exemplo que o A380 possa interessar à empresa Flightlease, membro do SairGroup. Flightlease tem como parceira a americana GATX Capital Corporation – a terceira maior do mundo de vôos fretados – com uma frota de 102 aparelhos, dos quais 67 Airbus.

Outro aspecto que poderia interessar aos aeroportos é que as taxas de pouso são calculadas em função da tonelagem dos aparelhos. Nesse ponto o A380 é extremamente interessante.

Já a questão do consumo de combustível é uma outra história. Mas é apresentado como menos poluente que o Boeing.

E quanto ao ruído – a que os suíços são extremamente sensíveis – espera-se para ver se o aparelho é menos barulhento que os Boeing de maior capacidade.

swissinfo.