Praticando os cinco “esses” na Sulzer

A visita guiada a uma multinacional suíça instalada há décadas no Brasil deu um concreto exemplo de globalização.

Ao chegar à fábrica da Sulzer, multinacional helvética especializada na produção de bombas e outros serviços especializados, em Jundiaí, no interior de São Paulo, o ministro Johann Schneider-Ammann se sentiu em casa.

Ao seu anfitrião, o executivo brasileiro Ricardo Coco, diretor-presidente da Sulzer Brasil S.A. e responsável também pelas regiões da América do Sul e África do Sul, ele não escondeu uma certa emoção ao visitar a fundição da empresa. “Eu também já tive uma”, contou o ministro ao lembrar-se dos tempos que dirigia a sua própria empresa, o Grupo Ammann, especializado na construção de máquinas.

O ambiente não poderia ser mais industrial. Por todos os lados, peças e máquinas, algumas delas pesando toneladas. Os operários continuavam o trabalho em meio à visita dos membros da delegação helvética.

A multinacional já está instalada há 63 anos no Brasil. Porém se no início uma boa parte dos funcionários vinha diretamente da Suíça, hoje são quase todos brasileiros. Também parte da tecnologia é desenvolvida no próprio país, uma exigência do atual mercado, já que ela atua fortemente no setor de extração de petróleo e tem como maior cliente a Petrobrás.

E o caráter globalizado da empresa se espelha até nos cartazes pendurados nas salas de produção: “Pratique os 5’s. ‘Seri’: senso de utilização. ‘Seiton’: senso de organização. ‘Seiso’: senso de limpeza. ‘Seiketsu’: senso de padronização. ‘Shitsuke’: senso de disciplina.”

Entrevistado pela swissinfo.ch, Ricardo Coco explicou que o lema é japonês, mas que a Suíça ainda está bem “presente” na filial brasileira da Sulzer. Em vídeo ele fala das expectativas atuais, sobre o chamado Custo Brasil – o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem o investimento no Brasil – e também do intercâmbio tecnológico entre os dois países.