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Suíça continua a ser um dos países mais competitivos

Segundo o WEF, a Suíça é especialmente eficar em inovação tecnológica. Keystone

A Suíça é o país mais competitivo do mundo, depois dos Estados Unidos. Seus pontos fortes são a capacidade de inovar e sua cultura sofisticada nos negócios, segundo o Fórum Econômico Mundial (WEF).

Em seu relatório 2007 sobre a competitividade, o WEF destaca os importantes investimentos em pesquisa e a boa gestão macroeconômica do país.

Primeira no ano passado, a Suíça passou para o segundo lugar este ano na classificação do Fórum Econômico Mundial (WEF). A instituição sediada em Genebra publicou quarta-feira (31) seu relatório intitulado Global Competitiveness Report. O primeiro lugar no relatório 2007 é ocupado pelos Estados Unidos.

“A economia suíça se caracteriza por uma forte capacidade de inovação e por sua cultura sofisticada dos negócios”, explica Jennifer Blanke, economista-chefe do WEF.

A essas duas vantagens, acrescentam-se institutos de pesquisa científica ímpares, investimentos importantes na pesquisa e desenvolvimento, inclusive do setor privado, e uma forte propensão a adotar novas tecnologias.

A Suíça também é bem gerida no plano macroeconômico. O orçamento é equilibrado e a taxa de inflação está entre mais baixas do mundo, sublinha o WEF.

Mudança de método

Quanto aos Estados Unidos, eles ultrapassam a Suíça principalmente devido a dimensão de seu mercado. O WEF assinala o excelente contexto econômico estadunidense, com empresas de tecnologia de ponta e uma colaboração muito boa entre os setores acadêmico e privado.

Note-se que o WEF mudou seu método de avaliação entre 2006 e 2007. Aplicado a 2006, o novo modelo de cálculo teria colocado a Suíça em 4° lugar. Na metodologia atual, o país ganhou dois lugares, colocando-se a apenas 0,05 pontos dos Estados Unidos, em 2007.

“O objetivo desse relatório é mostrar onde os países podem melhorar suas possibilidades de crescimento. É um instrumento de ajuda aos que decidem”, sublinha Margareta Drzeniek, economista-chefe no WEF e co-autora do relatório, questionada por swissinfo.

Não adormecer

Por sua vez, economiasuíça, entidade patronal mais representativa, se diz satisfeita com a classificação do WEF, mas adverte que não se pode adormecer sobre os louros.

“Mesmo se essa classificação constata uma Suíça que mudou pouco nestes últimos anos, sua posição nos primeiros lugares não é garantida”, reagiu a economista-chefe na Secretaria Federal de Economia (SECO), Aymo Brunetti.

Economista-chefe de economiasuíça, Rudolf Minsch considera que essa classificação “representa apenas a situação atual”. A longo prazo, a organização patronal vê riscos na capacidade de inovação. Ela teme que os recursos para formação e pesquisa sejam ameaçados pelas necessidades no setor social.

No que diz respeito à flexibilidade do mercado de trabalho, economiasuíça espera menos entraves nas convenções coletivas de trabalho muito rígidas, com salários mínimos fixos.

A Alemanha progressa

Logo depois da Suíça, aparecem a Dinamarca e a Suécia, em 3° e 4° lugares na classificação. Os países nórdicos têm a vantagem de um endividamento público muito baixo e um nível de formação alto.

A Alemanha conta com uma ótima qualidade de infraestruturas e é penalizada pelo seu mercado de trabalho, mas progressa: passou do 8°lugar no ano passado para 5° lugar este ano, à frente da Finlândia.

Singapura, Japão, Grã-Bretanha, Holanda, Coréia do Sul e Hong-Kong seguem-se na classificação das doze economias mais competitivas. Entre os países europeus, a Áustria é 15°, a Noruega 16°, França 18° (devido a falta de flexibilidade do mercado de trabalho), Bélgica 20°, Espanha 29°, Portugal 40° e Itália (muito endividada), 46°.

China e América Latina e África

A China tem a economia que evolui mais rapidamente: passa de 54° para 34° lugar. Suas principais fraquezas são seu mercado financeiro e o nível de educação. A Índia, debilitada pelo déficit orçamentário e pela inflação, recua de 43° para 48°, apesar de elevado grau de inovação.

O Chili (26°) continua a ser o primeiro da América Latina, à frente do México (52°). O Brasil é 72°, apesar dos progressos na direção das finanças mais saudáveis.

Os países africanos ocupam dez últimos lugares da classificação. Em último lugar está o Tchad, em 131°, considerado pelo WEF como a economia menos competitiva do mundo.

A classificação é feita com dados acessíveis ao público e com resultados de uma enquete realizada junto a 11 mil empresários no mundo inteiro.

swissinfo com agências

O bom desempenho da economia suíça vem sendo confirmado pela classificação da competitividade publicada anualmente pelo Instituto de Administração e Desenvolvimento (IMD), em Lausanne, oeste da Suíça.

Na classificação 2007, a Suíça ocupa o 6° lugar. Em relação a 2006, o país ganhou duas posições.

Segundo o IMD, esse bom resultado se explica em particular pela dimensão internacional da ecnomia suíça e pela experiência mundial de muitos empresários suíços.

Um dos poucos pontos negativos, de acordo com o IMD, é o fraco crescimento do PIB – produto interno bruto – de 2,2% em 2006, quando a média internacional foi de quase 5%.

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