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Suíça, uma ilha na Eurolândia

Passagem na alfândega continuará normal. www.zoll.admin.ch

A Suíça se prepara para o impacto da introdução do euro, no mês de janeiro, em doze dos 15 países da União Européia. O país procura evitar que a transição monetária fortaleça lavagem de dinheiro, toma consciência do isolamento e procura remediá-lo.

O isolamento da Suíça começou em 1992 com rejeição do Espaço Econômico Europeu, considerado uma mini-adesão a Comunidade Economia Européia, hoje União Européia (UE). Acentuou-se com o passar dos anos, obrigando o país a negociar uma série de acordos bilaterais.

Nova etapa chega com a introdução generalizada do euro, a moeda única em 12 países da UE, dia primeiro de janeiro de 2002.

É bem-vindo o euro dos turistas

Consciente de que o turismo conbribui com 6,5% por cento do produto interno do país, a Suíça prepara-se para a eventualidade. A partir do ano que vem, serão possíveis pagamentos em euros nos hotéis, restaurantes, e no comércio em geral. Naturalmente é complicado comprar um pão ou um litro de leite, e pagar com essa moeda única da UE.

Na circulação ilimitada da nova moeda – em que já são feitas transações bancárias desde janeiro de 1999 – os setores turísticos vêem imediatamente uma vantagem: maior transparência de preços na Europa Ocidental deve acabar com a fama de que a Suíça é um país caro.

Naturalmente, na adaptação de caixas, computadores e calculadoras são necessários investimentos importantes. Mas a medida deve ser compensada pelas taxas de câmbio. Um detalhe: nos pagamentos, o troco será sempre em franco suíço.

Espertos podem aproveitar a brecha

A introdução do euro tem o reverso da medalha ou da moeda. No início do ano que vem, haverá na Europa grande movimentação de dinheiro, em função da mudança prevista na zona euro. Movimentação de que a Suíça não escapa. O medo das autoridades é que os criminosos de colarinho branco aproveitem da ocasião para lavarem dinheiro.

A Alemanha já se preveniu, anunciando planos destinados a fortalecer controle na fronteira com a Suíça, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro, em que a movimentação de capitais será mais intensa. (No ano passado, as alfândegas alemãs confiscaram somas suspeitas, correspondentes a US$ 4.5 milhões).

Do lado suíço, descartam-se medidas especiais. Segundos leis em vigor no país, investigar transações suspeitas é da competência dos bancos. “Em casos excepcionais, no entanto – disse a swissinfo, Hermann Kästli, da Divisão Federal de Alfândegas – casos em que funcionários de aduanas devem decidir sobre grandes somas de dinheiro, podem chamar a polícia para investigar a questão”.

swissinfo com agências

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