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Suíços participam de feira do meio ambiente em São Paulo

Estande das empresas suíças na FIMAI, em São Paulo swissinfo.ch

A Swisscam – Câmara de Comércio Suíço-Brasileira instalou um estande na VIII Feira de Meio Ambiente Industrial para alavancar novos negócios entre empresas suíças e brasileiras no maior evento do setor na América Latina.

O mercado nacional de equipamentos e serviços ambientais movimentou cerca de US$ 2,9 bilhões em 2002, sendo que 30% deste total foi decorrente de importações, segundo dados do Departamento de Meio Ambiente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.

A estratégia é simples: mostrar aos empresários latinos americanos o potencial da tecnologia desenvolvida pelas empresas suíças.

Segundo Regina Tanner, diretora de Relações Internacionais da Swisscam, “a entidade visa ampliar os negócios entre os dois países e, por isto, busca entre os empresários os que estão dispostos a estabelecer parcerias”.

– Nós entramos em contato com empresas na Suíça e informamos sobre o potencial do mercado brasileiro, fornecemos relatórios e convidamos os empresários a virem a eventos como a FIMAI, explica Tanner.

O evento ocorreu de 8 a 10 de novembro, em São Paulo.

Meio ambiente e negócios

Segundo Julio Tocalino, diretor da Revista Meio Ambiente Industrial, que organiza o evento, a expectativa de negócios para este ano era de R$ 480 milhões resultado da adequação das empresas brasileiras à legislação ambiental e as certificações exigidas no mercado internacional.

A feira reuniu representantes dos setores industrial, serviços, engenharia e educação ambiental, análise e gestão de riscos, instituições de governo e ONGs. Por isto, “mais que fechar negócios o evento foi uma ótima oportunidade de demonstrar os produtos e serviços suíços aos participantes” explica Ursula Bardof, diretora executiva da Swisscam.

Nesta edição sete empresas fizeram parte do estande suíço na feira. Biolatina, Geoklock,Vichem, Biosol, Ciba, Polybloc e Resotec buscaram dar visibilidade aos seus produtos inclusive trazendo diretores de suas sedes para acompanhar o trabalho na FIMAI.

“Todas estas sete organizações estão em busca de novos parceiros comerciais, algumas procuram também um representante, para fomentar negócios locais. O nosso objetivo é apoiá-las e atrair o interesse de outras companhias suíças para investirem no Brasil”, diz Regina Tanner.

Empresas suíças especializadas

A Vichem trouxe para a feira suas soluções de tratamento térmico de resíduos perigosos que foram expostas ao lado das unidades modulares para produção de biodisel demonstradas pela Biolatina. Já a Geoklock apresentou a tecnologia de foto-oxidação ultravioleta, que contém um processo inovador para a degradação de compostos sem geração de resíduos.

No setor de serviços, a Biosol, especializada em montagem e operação de sistemas modulares de recuperação ambiental, demonstrou como estrutrar e operar uma unidade de remediação para venda ou locação.

Um sistema trocador de calor de placas a prova d´água foi apresentado pela Polybloc, empresa que atua na Europa e nos Estados Unidos. A Ciba ofereceu consultoria para que seus clientes possam desenvolver produtos e embalagens eficientes e sustentáveis, enquanto a Resotec propôs tecnologias de co-processamento de resíduos industriais de diversos setores de fabricação de cimento.

A VIII FIMAI contou com a participação de empresas de diversos países como Alemanha, França, Itália, inclusive com rodadas de negócios com a FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – que congrega 88 sindicatos de indústrias paulistas.

Além da feira foram realizados paralelamente ao evento quatro seminários: o SIMAI – Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial; o II Seminário de Resíduos Recicle Cempre; o Deadline’s para Co-processamento de Resíduos na Produção de Cimento e o Seminário ISO 14064, ISO 14001, e as Mudanças Climáticas.

swissinfo, Alvaro Bufarah, São Paulo

O Brasil é o maior parceiro de comércio bilateral na América do Sul: 63% das importações desta região vêm do Brasil e 49% das exportações suíças para esta região vão para o Brasil.
Exportações da Suíça para o Brasil (2005): US$ 1,219 bilhões
Exportações do Brasil para a Suíça: US$ 534 milhões

Principais produtos comercializados entre Brasil e Suiça (balança 2005/2006):

Exportações brasileiras para Suíça: 52,4% produtos agrícolas (suco de laranja, carne, arroz, café)

21,0% metais e os seus produtos (alumínio, ferro, chumbo)
8,8% químicos
6,6% veículos (‘bulldozers”, niveladores)
5,4% papel e produtos gráficos (pasta química de madeira)
2,1% máquinas e eletrônicos
1,1% têxteis e vestidos
0,9% relógios, jóias, instrumentos preciosos.

Importações brasileiras da Suíça:

59% químicos (medicamentos, naftas para petroquímica)
24,4% máquinas e eletrônicos (motores diesel)
7,6% relógios, jóias, instrumentos preciosos
3,7% metais e os seus produtos
1,3% têxteis e vestido
1,1% couro, borracha, matérias sintéticos.

A Câmara de Comercio Suíço Brasileira foi fundada em 1945 com objetivo de intensificar as relações comerciais entre os dois paises. Atualmente representa 230 associados entre pessoas físicas e jurídicas que participam de cinco comitês (jurídico, meio ambiente, secretárias, recursos humanos e marketing). Segundo dados da entidade são feitas mais de 700 consultas por ano de empresas sobre ambos os mercados.

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