Tráfego aéreo é setor vital para a Suíça
A vitalidade da economia suíça depende também de uma boa infra-estrutura para o tráfego aéreo, com linhas para o mundo inteiro.
No primeiro Congresso Suíço da Aviação, o presidente suíço Moritz Leuenberger falou das tensões com a Alemanha e com os residentes nos bairros vizinhos do aeroporto de Zurique.
O primeiro Congresso Suíça da Aviação ocorreu no aeroporto de Zurique. Mais de 350 pessoas de todo o país foram convidadas pela associação patronal Economiasuíça, pela Federação das Empresas Suíças e seus parceiros da indústria aeronáutica.
Utilizadores de aviões e representantes do setor aéreo sublinharam a importância essencial da aviação para a economia do país.
Muito voltada para o estrangeiro, a Suíça necessidade de linhas aéreas de qualidade. Mais de 30% do total de bens exportados e 15% dos importados utilizam a aviação. Isso sem contar o turismo, já um terço dos turistas que visitam a Suíça chegam de avião.
Aviões fazem barulho
Como também é ministros dos Transportes, o atul presidente da Confederação Helvética, Moritz Leuenberger falou das divergências com a Alemanha acerca do dos aviões que sobrevoam o sul daquele país antes de pousarem em Zurique.
Para ele, as discussões dessa questão demonstraram que não se pode gerir um aeroporto sem levar em consideração os interesses de seus vizinhos e só o diálogo permite encontrar soluções de compromisso.
Quanto ao aspecto puramente zuriquense do conflito, Leuenberger disse que as partes devem discutir porque as reivindicações mais extremas não serão atendidas.
Com relação à Alemanha, o presidente espera que as autoridades alemãs sejam mais abertas ao diálogo e que “levem enfim a sério” os problemas enfrentados pelo setor aéreo suíço devido a exigüidade do território nacional.
Segurança custosa
Outra preocupação do presidente suíço é a utitilização eventual da taxa sobre o querosene para financiar a segurança aérea na Suíça.
“As companhias se queixam que as taxas de segurança cobradas pelos aeroportos são muito altas”, lembrou Moritz Leuenberger.
Uma das rauzões é a subvenção cruzada dos aeroportos regionais e os vôos privados para os aerportos nacionais e a avião comercial. Mas uma repartição proporcional dos custos acarretados pelo controle aéreo colocaria em perigo a existência dos aeródromos regionais.
Atualmente, o montante total das subvenções cruzadas é de 21 milhões de francos suíços por ano. Os aeroportos nacionais co-financiam custos do controle nos aeródromos regionais por um montante de 15 milhões, enquanto a aviação comercial participa com 6 milhões, principalmente fornecendo informações meteorológicas.
Quanto aos aeroportos, as companhias pagam taxas de segurança e posteriomente cobram dos passageiros.
Resistências previsíveis
O governo estuda uma maneira de substituir essa subvenção cruzada por uma parte da taxa sobre o querosene, que geram cerca de 60 milhões de francos suíços atualmente aplicados na rede rodoviária.
Mas o presidente espera que haverá “resistência” no Parlamento, pois será necessário mudar a legislação acerca da utilização das taxas sobre os combustíveis.
swissinfo com agências
– O conflito entre a Suíça e a Alemanha acerca do sobrevôo do território alemão de aeronaves que operam no aeroporto de Zurique começou em 1998.
– O Parlamento suíço recusos as limitações propostas por Berlin, o que levou o governo alemão a adotar medidas restritivas unilateralmente.
– No primeiro Congresso Suíço da Aviação, em Zurique, a questão foi novamente debatida. O presidente da Suíça e ministro dos Transportes, Moritz Leuenberger exortou a Alemanha a ser mais flexível para que a questão não venha a perturbar as relações entre os dois países, que hoje são muito boas.
Na Suíça, o setor da aviação emprega 180 mil pessoas.
Em 2004, o faturamento do tráfego aéreo foi de 26 bilhões de francos suíços.
30% das exportações e 15% das importações são feitas por avião.
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