Uma indústria dominada pelos suíços

Keystone

Depois de ter passado um péssimo 20003, a indústria relojoeira suíça está com um otimismo moderado para 2004.

O setor relojoeiro é responsável por 8% do total da exportações suíças.

Não é por acaso que, em praticamente todo o mundo, relógio é sinônimo de suíço.

A indústria relojoeira suíça começou em meados do século XVI, em Genebra, e hoje é o terceira indústria exportadora suíça, depois da indústria de máquinas e dos produtos químicos.

Em 2003, por causa da guerra ao Iraque, da pneumonia atípica na Ásia e da valorização do franco suíço, as exportações cairam 4,4% e totalizaram 10,177 bilhões de francos. Foi o pior ano para as exportações desde 1996. Mesmo assim, o Grupo Swatch, um dos maiores do país, teve um lucro líquido de quase 500 milhões de francos.

Outra característica da indústria relojoeira suíça é que a maioria das empresas são pequenas e médias. Globalmente, o setor emprega 40 mil pessoas mas a grande maioria das empresas têm menos de 60 funcionários.

Tendência positiva

A Suíça lidera há muito tempo as exportações de relógios prontos, bem à frente da Alemanha, França, Grã Bretanha, Japão e Hong-Kong. O preço médio do relógio suíço (378 francos) também é o mais alto do mundo. A título de comparação, o preço médio de um relógio fabricado no Japão é de 27 francos e o de Hong-Kong 7 francos.

O principais mercados para os relógios suíços são os Estados Unidos, Hong-Kong e o Japão. A marcas mais prestigiosas já estão implantadas na China, na Rússia e na Índia, mas esses mercados só serão lucrativos dentro de 5 a 10 anos, nos cálculos da indústria suíça.

Para 2004, as previsões são de otimismo moderado, com uma “tendência positiva”, segundo os termos da Federação da Indústria Relojoeira Suíça. Por enquanto, as estimativas são de crescimento de 2 a 4% das expostações.

swissinfo, Claudinê Gonçalves