Unidade “vaca louca” será dissolvida
A encefalopatia bovina espongiforme, o "mal da vaca louca", está praticamente erradicada da Suíça. O órgão público criado em 2001 para combatê-la encerra suas atividades no final do ano.
Para o futuro, uma pequena unidade irá controlar toda a cadeia de produção alimentar no país.
O Departamento Federal de Veterinária (OVF, na sigla em francês) confirmou a dissolução da unidade apelidade “vaca louca” no final do ano. A informação foi difundida pela cadeia de rádio da Suíça alemã, DRS.
Esse órgão público foi criado especialmente para combater a doença de bovinos e contava com 20 colaboradores. Seu orçamento anual era de 3,5 milhões de francos.
Como decidiu o governo, essa célula será dissolvida tecnicamente para funcionar sobre um outro formato. Os efetivos passarão a 12 pessoas e o orçamento foi reduzido para 2 milhões de francos, como explicou a porta-voz do Departamento Federal de Veterinária, Cathy Maret.
As funções do novo órgão também foram revistas. Focalizado até então no combate da vaca louca, ele agora passará a controlar toda a cadeia de produção alimentar, indo da proteção animal até segurança alimentar e higiene.
A decisão foi tomada, apesar de dois casos de vaca louca terem sido registrados na Suíça em 20006. Em 1995 foram 68. Com as medidas publicas que foram tomadas, desde então não foram mais encontrados vestígios de farelo animal na ração dada aos bovinos.
As funções do novo órgão também foram revistas. Focalizado até então no combate da mal da vaca louca, ele agora passará a controlar toda a cadeia de produção alimentar, indo da proteção animal até segurança alimentar e higiene.
A decisão foi tomada, apesar de dois casos de BSE terem sido registrados na Suíça em 2006. Em 1995 foram 68. Com as medidas publicas que foram tomadas, desde então não foram mais encontrados vestígios de farelo animal na ração dada aos bovinos.
Erradicação?
A decisão segue às informações transmitidas à swissinfo por um porta-voz da OVF em dezembro de 2005. Marcel Falk teria declarado: – “Estamos convencidos de ter chegado ao início do fim do mal da vaca louca na Suíça”. O governo evitou, porém, determinar o momento preciso em que a doença estaria oficialmente erradicada do território helvético.
O porta-voz delimitou um prazo de dez a doze anos, lembrando que as vacas diagnosticadas nos últimos anos haviam sido infectadas em meados dos anos noventa.
Terceiro país mais atingido pela epidemia nessa época, a Suíça tomou todas as medidas importantes – proibição da utilização de farinhas animais, eliminação de rebanhos onde houvesse suspeita de contaminação por BSE e incineração de carcaças de animais doentes.
Testes de despistagem
A Suíça também teve um papel importante na detecção da doença. Uma empresa helvética, Prionics, desenvolveu um teste de despistagem rápido, que é utilizado até hoje em outros países.
Em 2004, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO) designou a Suíça como “o país que mais teve sucesso na superação da crise do BSE”.
“Para nós, a Suíça é quase um modelo do país que adotou uma boa política para lutar contra essa doença”, declarou na época Andrew Speedy, da FAO.
swissinfo com agências
OP primeiro caso de BSE foi diagnosticado na Suíça em novembro de 1990.
Em 1995 foi registrado o número máximo de casos anuais: 68
Em 2005, três casos foram detectados, contra dois no ano precedente.
Também em outros países a doença ainda está presente: em 2005, 203 casos foram diagnosticados na Grã-Bretanha, 98 na Espanha e 69 na Irlanda.
A Encefalopatia Espongiforme Bovina, vulgarmente conhecida como Doença das Vacas Loucas ou BSE (do acrónimo inglês Bovine Spongiform Encephalopathy é uma doença neurodegenerativa que afecta o gado doméstico bovino.
A doença surgiu em meados dos anos 80 na Inglaterra e tem como característica o facto de ter como agente patogénico uma forma especial de proteína, chamada prião ou príon. É transmissível ao homem, causando uma doença semelhante, a nova variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob, abreviadamente vCJD. (fonte: Wikipédia)
Após a descoberta do primeiro caso de BSE na Suíça, as autoridades federais tomaram uma série de medidas para evitar a expansão da doença.
A primeira foi proibir a utilização de farinha animal na alimentação de ruminantes e também de partes animais de risco (cérebro, cartilagens e outros) na cadeia de produção alimentar.
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