A fondue “moitié-moité” é um símbolo gastronômico de Friburgo, e da Suíça. Para marcar seus 125 anos, a federação dos hotéis e restaurantes GastroFribourg cobriu as ruas da cidade suíça com mesas para servir o tradicional prato. De graça.
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Suíço-brasileiro formado em jornalismo e comunicação social pela Universidade de Friburgo, Suíça. Ex-colaborador da antiga Rádio Suíça Internacional (RSI), que deu origem à swissinfo.ch.
A “Fondue do Século”, como foi chamado o evento pelos organizadores, conseguiu atrair uma multidão de aficionados pela iguaria de queijo fundido, apesar das nuvens negras e das borrascas de vento que cobriram a cidade de Friburgo ao meio-dia da quinta-feira (9).
Um banquete servido gratuitamente a todos, o evento corou as festividades organizadas pela federação dos donos de hotéis e restaurantes do cantão de Friburgo, GastroFribourg. “No mundo da gastronomia, é o cliente quem vem até nós. Nesta quinta-feira, invertemos a tendência: foram os nossos membros que saíram às ruas para servir e conhecer as pessoas”, conta Muriel Hauser, presidente da federação.
As ruas reservadas aos pedestres do centro antigo da cidade foram, assim, cobertas com mesas para oferecer 2400 lugares. Muriel Hauser revelou ainda os ingredientes da receita desta famosa fondue: 600 panelas de fondue, 600 fogareiros a álcool, 600 espátulas, 480 kg de queijo e uma montanha de pão.
“Vinho, água mineral, chá ou café foram vendidos pelos estabelecimentos que participaram do banquete ao longo do percurso. Essa foi uma forma extra de envolver nossos membros, além de cerca de 100 pessoas mobilizadas para ajudar”, disse a presidente da GastroFribourg.
A fondue servida foi a tradicional fondue de Friburgo, uma “moitié-moitié”, metade da qual consiste em queijo gruyère e metade de vacherin, outro queijo da região. Em outras regiões suíças, outros queijos locais podem ser usados, mas a presença de queijo gruyère na mistura é muito comum.
Um cheirinho gostoso de queijo fundido tomou conta do centro da cidade e foi levado longe pela borrasca de vento que resolveu filar a boia. Sanfoneiros, acordeonistas, tocadores de trompa alpina e lançadores de bandeira animaram as pessoas e ajudaram a desviar os olhares das imensas nuvens negras que ameaçavam estragar a festa. No final, só perdeu quem não foi por medo da chuva e quem deixou o pãozinho cair na panela.
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