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Líder venezuelano pede repressão suíça a ouro ilegal

Guaido
Os Estados Unidos, juntamente com a UE e mais de 50 outros países, reconhecem Guaido como legítimo presidente da Venezuela. A Suíça permaneceu neutra. Keystone

O líder da oposição na Venezuela, Juan Guaidó, pediu à Suíça que reprima a mineração ilegal de ouro na Amazônia.

Em discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos na quinta-feira (23), Guaidó acusou quem compra o metal precioso de financiar um “conglomerado criminoso” e grupos armados.

Ele alega que o tráfico de ouro sustenta o governo da Venezuela e movimentos de guerrilha, como o Exército de Libertação Nacional da Colômbia.

“A primeira coisa a fazer é parar o tráfico ilegal de ouro. Precisamos proteger a população indígena. É ouro de sangue”, disse Guaido.

“Talvez haja necessidade de sanções”, acrescentou ele em comentários transmitidos por um intérprete, observando que a Colômbia já estava ajudando.

A Suíça continua sendo o maior mercado de comércio de ouro do mundo, e o metal é uma das principais importações e exportações do país.

Denunciando a “ditadura” de Maduro

Guaidó é o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e foi reconhecido por dezenas de países como chefe de estado interino.

Ele pediu ajuda para liderar o país para torná-lo “livre” da “ditadura” do presidente Nicolas Maduro e “comprometido com os direitos humanos”.

A crise política venezuelana causou grande tensão entre Maduro e o presidente dos EUA, Donald Trump, que considera Guaidó como chefe de estado da Venezuela e também participou da reunião de Davos.

A Suíça, no entanto, não endossou nenhum dos líderes venezuelanos concorrentes.

Guaidó é o “presidente legítimo do parlamento venezuelano”, disse o ministro das Relações Exteriores da Suíça, Ignazio Cassis, à imprensa na quinta-feira. “Nós o recebemos neste papel” em Davos.

Após o início das tensões com a Venezuela, os Estados Unidos solicitaram à Suíça que representasse seus interesses neste país. Isso ainda requer a aprovação de Maduro.

+ Para que servem os bons ofícios da Suíça?

Cassis explicou que este último está disposto a aprovar a missão, mas apenas quando a questão dos interesses venezuelanos nos Estados Unidos for resolvida.

Washingon impôs sanções abrangentes ao governo venezuelano e congelou seus ativos nos EUA em uma tentativa de pressionar Maduro a renunciar.

Maduro consolidou o poder em 2017, retirando o país do poder legislativo liderado pela oposição em meio a uma enorme crise humanitária e econômica.


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swissinfo.ch/fh

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