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O Sequestro da Amarelinha – um podcast sobre futebol, corrupção, sonhos e poder

O Sequestro da Amarelinha traça o passado sombrio da máquina do futebol mundial e pergunta: Com a Copa do Catar, a FIFA mudou seu jeito de agir?

Em uma manhã de maio de 2015, seis funcionários do alto escalão da FIFA foram presos em um hotel de luxo em Zurique, na Suíça.

Eles são suspeitos de participar de um esquema conhecido como FIFA Gate, que expõe um sistema de suborno de dezenas de milhões de dólares e uma federação apodrecida até a raiz.

As sementes dessa rede de corrupção foram plantadas décadas antes por João Havelange. Usando a camiseta amarela da seleção brasileira como símbolo de sucesso internacional, ele transformou a FIFA em uma empresa multibilionária, usada para enriquecer o futebol,  a si mesmo e a seus companheiros.

O Sequestro da Amarelinha é um podcast em cinco episódios sobre futebol, poder e corrupção. Ouça o primeiro episódio Os Diamantes do Maracanã, uma coprodução da SWI swissinfo.chRevista PiauíLink externo e Rádio NoveloLink externo:

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Ouça abaixo o bônus do podcast para a Copa do Mundo no Catar:

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“O que mais me impressionou fazendo esse podcast foi descobrir como o futebol é determinante pra história do Brasil. Não estou falando apenas da paixão, do jogo, do entretenimento… Estou falando de poder. Se o Brasil não tivesse vencido a Copa do Mundo de 70, a Rede Globo não seria o que é, e a história do país, provavelmente,  seria outra”, diz José Roberto de Toledo, editor-executivo da Revista piauí. 

O império construído por Havelange foi baseado em Zurique e facilitado pelas lenientes leis suíças. Um casamento perfeito celebrado em paraíso fiscal.

Ao percorrer a rota do dinheiro, o que mais me chamou a atenção foi descobrir como os canais na Suíça para garantir a opacidade eram consolidados, institucionalizados e organizados de uma maneira impecável. A escolha pela Suíça não ocorreu por acaso,” diz Jamil Chade, repórter da SWI swissinfo.ch.

Para desvendar essa história, Jamil e Toledo conversaram com alguns de seus principais atores e descobrem como o dinheiro de propina foi transformado em diamantes.

“(O doleiro falou) a gente bota o diamante no bolso, porque ele é feito de carbono e não passa no raio-x”, eu falei “cê ta louco que eu vou na Suíça pegar um diamante contigo,” conta Eduardo El Hage, procurador da República que investigou o caso.

Toledo e Jamil conversaram também com o jovem repórter suíço que expôs os nomes dos brasileiros que desviaram dinheiro da FIFA. 

“Comecei a investigar e, na verdade, ainda era estagiário quando publiquei minha primeira história sobre pagamento de suborno da FIFA”, diz o jornalista e advogado Jean-François Tanda.

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