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Questões de diplomacia

Acampamento contra a guerra em Gaza. Estudantes da Universidade de São Paulo repetiram o modelo de manifestação que tomou universidades em diversos países, não só na Europa e Estados Unidos.
Acampamento contra a guerra em Gaza. Estudantes da Universidade de São Paulo repetiram o modelo de manifestação que tomou universidades em diversos países, não só na Europa e Estados Unidos. Keystone-EPA/Carlos Meneses

A mídia suíça destacou a retirada do embaixador brasileiro de Israel, após o governo brasileiro cancelar sua presença na conferência de paz para a Ucrânia. Portugal toma outra direção, alinhando-se com a União Europeia. Enquanto isso, o cerrado sofre mais desmatamento que a floresta amazônica.

Nesta semana, de 25 a 31 de maio de 2024, vasculhamos a imprensa suíça para dar uma visão geral das notícias mais importantes relacionadas ao Brasil, Portugal e África lusófona.

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Brasil retira seu embaixador de Tel Aviv

Após uma disputa diplomática sobre a guerra de Gaza, o governo brasileiro retirou oficialmente seu embaixador em Israel. Federico Meyer foi removida para representar o Brasil na Conferência de Desarmamento de Genebra, de acordo com o Diário Oficial na quarta-feira (29.05). Isso significa que a embaixada brasileira em Israel agora será liderada apenas por um encarregado de negócios.

Meyer já havia sido convocado ao Brasil para consultas em fevereiro, após o acirramento das disputas sobre a avaliação da guerra de Gaza. O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva comparou a operação militar israelense em Gaza ao Holocausto. Em resposta, o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou-o ‘persona non grata’ e convocou o Embaixador Meyer ao memorial do Holocausto Yad Vashem. O fato foi visto como uma humilhação pública pelo governo brasileiro.

Fonte: BlueNewsLink externo e Nau.chLink externo, em 29.05.2024 (em alemão) 

Portugal fortalece a Ucrânia com 126 milhões de euros 

Na semana passada, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva jogou um balde de água fria na conferência de paz para a Ucrânia em Bürgenstock, na Suíça. Não só declarou que não participaria como juntou-se ao presidente chinês Xi Jinping pedindo um outro encontro diplomático que conte com a presença da Rússia, deixada de fora em Bürgenstock.

Portugal, porém, prometeu 126 milhões de euros em ajuda militar à Ucrânia este ano para sua luta contra os agressores russos. Isso faz parte do acordo bilateral de cooperação e segurança assinado com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyi em Lisboa na terça-feira, disse o primeiro-ministro português Luís Montenegro em uma coletiva de imprensa conjunta. O acordo tem um prazo de dez anos.

Portugal apoiará a Ucrânia “pelo tempo que for necessário”, disse o primeiro-ministro. Zelenskyj já havia assinado acordos semelhantes – embora significativamente mais altos – com a Espanha na segunda-feira e com a Bélgica na terça-feira.

Os acordos bilaterais de segurança são baseados em uma iniciativa do grupo G7 de potências econômicas ocidentais. À margem da cúpula da OTAN em Vilnius, na Lituânia, no ano passado, eles concordaram que os estados individuais deveriam concluir acordos bilaterais com a Ucrânia para garantir sua segurança a longo prazo.

Fonte: Nau.chLink externo, 28.05.2024 (em alemão) 

O cerrado pede socorro 

O desmatamento na região do Cerrado brasileiro, uma savana conhecida por sua rica biodiversidade, aumentou acentuadamente em 2023 e, pela primeira vez, ultrapassou o da Amazônia, de acordo com o relatório anual do MapBiomas publicado na terça-feira.

No Cerrado, mais de 1,11 milhão de hectares foram destruídos em 2023, 68% a mais do que no ano anterior, de acordo com o MapBiomas, um grupo de ONGs e universidades brasileiras.

Essas perdas representam quase dois terços do desmatamento sofrido pelo Brasil como um todo, e cerca de 2,4 vezes a destruição registrada na Amazônia, aponta o relatório. No ano passado, 454,3 mil hectares foram desmatados na Amazônia, 62,2% a menos do que em 2022.

Esta é a primeira vez que o desmatamento no Cerrado, que se estende por 11 estados do centro e nordeste do Brasil, foi maior do que na Amazônia desde que a plataforma colaborativa Mapbiomas começou a compilar dados de vários sistemas de mapeamento por satélite em 2019.

Fonte: Tribune de GenèveLink externo em 28.05.2024 (em francês)

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