X cede à lei e volta a ficar inacessível no Brasil 

A rede social do bilionário Elon Musk volta a ser bloqueada no Brasil. Keystone

A briga Musk X Moraes continua vendendo pipoca na Suíça, mas os laços familiares e culturais com o Brasil também foram assuntos nos jornais do país alpino.

De 14 a 20 de setembro de 2024, vasculhamos a imprensa suíça para dar uma visão geral das notícias mais importantes relacionadas ao Brasil, Portugal ou África lusófona.

Rede social: X cede à lei e volta a ficar inacessível no Brasil 

A rede social X (antigo Twitter) cedeu aos tribunais brasileiros na quinta-feira, tornando seu serviço inacessível novamente no Brasil, noticiou o La LibertéLink externo, jornal da Suíça francesa editado em Friburgo. Ela causou surpresa no dia anterior ao conseguir contornar o bloqueio. 

Desde quarta-feira, alguns dos cerca de 22 milhões de usuários da plataforma no maior país da América Latina puderam acessá-la novamente por meio do aplicativo em seus telefones celulares. 

No entanto, em 30 de agosto, o juiz do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ordenou o bloqueio da rede social de propriedade do bilionário norte-americano Elon Musk, notadamente por ignorar uma série de decisões judiciais ligadas ao combate à desinformação. 

Na quinta-feira, “pouco antes das 16 horas, a X parou de usar o serviço” fornecido pela empresa de segurança cibernética Cloudflare, que lhe permitiu contornar a ordem de bloqueio, disse à AFP Basilio Rodriguez Perez, da Associação Brasileira de Provedores de Serviços de Internet, um grupo do setor, citado pelo jornal suíço. A plataforma agora está “bloqueada” novamente, acrescentou. 

Fonte: La LibertéLink externo, 20.09.2024 (em francês)

Todas as famílias Rochat na Suíça têm uma história “extraordinária” em comum 

Todos os membros da família Rochat descendem de um único ancestral, ainda hoje celebrado, revela o site de notícias WatsonLink externo. A história dessa família, que é bem conhecida na Suíça de língua francesa, tem origens bastante incomuns. 

Na Suíça francófona, há alguns sobrenomes típicos que são muito cultivados no país. Favre, por exemplo, mas também Pittet e Rossier. Mas também a família Rochat, que é muito comum no cantão de Vaud. 

De acordo com as estatísticas, os três sobrenomes mais comuns no cantão de Vaud são portugueses, devido à baixa diversidade de sobrenomes de língua portuguesa: Da Silva, Ferreira e Pereira. Mas em quarto lugar estão os Rochats. 

E todos os Rochats na Suíça têm suas origens em uma mesma pessoa: Vinet Rochat, que deixou Rochejean (na atual França) em 1480 para se estabelecer com sua família a 15 quilômetros de distância, no Vallée de Joux. 

No sábado, a família Rochat celebrará seu antepassado percorrendo a rota feita por Vinet Rochat em 1480. Espera-se a participação de várias centenas de pessoas. Mais de 200 Rochats já se inscreveram, incluindo pessoas com dupla nacionalidade do Brasil, dos Estados Unidos e da Holanda”, diz Loïc Rochat, que está co-organizando o evento. 

Fonte: WatsonLink externo, 20.09.2024 (em francês)

Um pouco do Brasil no Valais 

A associação Capoeira Dos Alpes celebrará seu 25º aniversário no próximo ano, de 12 a 15 de junho. Seus membros estão ansiosos, pois não puderam comemorar seu 20º aniversário em 2020 por causa da Covid. 

CAPOEIRA Uma mistura de esporte e cultura, ginástica musical para o corpo e a mente, essa arte marcial chegou do Brasil ao coração dos Alpes graças a Gérard Chardon, explica o Journal de SierreLink externo, jornal regional do cantão do Valais. Campeão de kickboxing da Suíça de língua francesa em 1994 e fã de caratê, o cidadão de Sierre se deparou com um programa de TV sobre capoeira. “Achei que era uma arte marcial brilhante. Um mês depois, eu estava no Brasil. Eu adorava futebol, mas aquela reportagem foi o catalisador”, explica Gérard Chardon, que acabou passando cinco anos trabalhando com capoeiristas nas favelas do Rio de Janeiro, onde a capoeira tradicional se desenvolveu. 

A primeira aparição desses esportistas de um tipo diferente na região de Sierre foi em 1996, no antigo campo de futebol de Venthône. Depois, em 1º de agosto de 2000, esse grupo de amigos formou uma associação para procurar salas para dar aulas. “Começamos treinando nas margens do Lac de Géronde. As pessoas que caminhavam nos olhavam com estranheza. Você pode imaginar, caras em um círculo cantando em português… Era um pouco vodu, tenho plena consciência disso”, diz Gérard Chardon. 

Fonte: Journal de SierreLink externo, 20.09.2024 (em francês)

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