Queixa apresentada por ataque a jornalista suíço na Ucrânia

As ONGs têm documentado provas de crimes de guerra na Ucrânia. Keystone / Roman Pilipey

Um grupo de direitos civis apresentou uma queixa criminal na Suíça sobre o suposto ataque de um jornalista suíço pelas tropas russas na Ucrânia.

A ONG ucraniana Truth Hounds disse na quinta-feira que apresentou provas de um crime de guerra junto à Procuradoria Geral da Confederação Suíça (PGC).

O jornalista suíço freelancer Guillaume Briquet foi ferido no braço e na cabeça quando seu carro foi atacado na região de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, em março. Seu veículo tinha matrícula de Genebra e estava marcado com a palavra “Imprensa” em ambos os lados.

Um passaporte, 3.000 euros em dinheiro, pertences pessoais, um capacete, equipamento fotográfico e um laptop foram alegadamente tirados dele.

Truth Hounds diz que o ataque foi realizado por um ‘comando’ russo que tem como alvo a mídia para impedir que os jornalistas noticiem a guerra. A ONG, que tem documentado crimes de guerra na Ucrânia desde 2014, apresentou a queixa com a ajuda do Civitas Maxima, um grupo de direitos civis que presta assistência jurídica às vítimas de crimes internacionais.

A PGC prometeu ajudar a localizar e processar os autores de crimes de guerra na Ucrânia. Os promotores federais formaram uma força-tarefa para coletar provas dos refugiados que chegam à Suíça e transmiti-las ao Tribunal Penal Internacional em Haia.