O que aconteceria ao Kosovo se os emigrantes kosovares não enviassem mais dinheiro? Há décadas essa população de etnia albanesa apoia suas famílias no mais novo país dos Balcãs. Porém os jovens alertam que um dia essa fonte irá secar.
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Julie trabalhou como repórter de rádio para a BBC e rádios independentes em todo a Grã-Bretanha antes de entrar para a antiga Rádio Suíça Internacional (RSI), a predecessora da swissinfo.ch. Depois de freqüentar a escola de cinema, Julie trabalhou como cineasta independente antes de retornar à swissinfo.ch em 2001.
O Kosovo é o segundo país mais pobre da Europa, com uma elevada taxa de desemprego e falta de investimento. As remessas dos emigrantes kosovares que vivem na Alemanha, Suíça e nos países nórdicos representam cerca de 17% do PIB e 10% vem da ajuda externa. O governo suíço contribui com um total de 80 milhões de francos (US$ 79 milhões) no período de 2017a 2020.
Os kosovares emigram há gerações a procura de trabalho e melhores condições de vida. Mas uma vez que encontraram um país de acolho, muitos acham cada vez mais difícil manter os laços culturais com a pátria distante. Em muitos casos, os jovens kosovares que nasceram ou chegaram ainda muitos jovens na Suíça, não falam o albanês. E podem estranhar a vida na terra dos pais quando estão de visita.
As famílias kosovares residentes na Suíça costumam visitar o Kosovo durante as férias de verão. Eles são carinhosamente conhecidos pela denominação de “Schatzis” (“queridos”, em dialeto suíço-alemão). Em grande parte, mantém fortes laços emocionais com a terra dos avós.
Anualmente sua presença reforça a economia local por alguns períodos. Os restaurantes e ruas comerciais ficam repletas em cidades como Prizren, Pristina e Peja. No bolso esses turistas especiais trazem francos suíços, uma moeda forte, que possibilita até uma estadia em um hotel de luxo, o que na Suíça seria normalmente impossível.
Como muitos kosovares suíços vêm de carro, os postos de gasolina não poupam esforços para conquistá-los. Os “schatzis” gostam de visitar atrações turísticas, que incluem até os monumentos para os heróis da guerra passada. Alguns até compram apartamentos ou constroem mansões para as férias de verão, dando um impulso à indústria da construção.
swissinfo.ch entrevistou alguns desses kosovares durante as suas férias para descobrir o que sentem como emigrantes.
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