Plebiscito pode proibir testes com animais na Suíça
Suíça tem em 13 de fevereiro de 2022 o quarto plebiscito sobre a proibição de testes científicos com animais.
A iniciativa (n.r.: um projeto de lei levado à referendo após o recolhimento de um número mínimo de assinaturas de eleitores) exige o fim de todas as experiências em seres humanos e animais, assim como a proibição da importação de novos produtos desenvolvidos com tais métodos.
A proposta foi lançada por um grupo de cidadãos, do qual fazem parte médicos, terapeutas e agricultores. Eles são apoiado por cerca de 80 organizações ecológicas, de proteção dos animais e de adeptos da medicina alternativa.
Aproximadamente 556 mil animais foram utilizados em pesquisas médicas e científicas na Suíça no ano passado, como informa o Depto. Federal de Segurança Alimentar e Veterinária.
Em números, houve uma queda de 18% em relação a 2015, quando a tendência de declínio começou. Entretanto, cerca de 1.400 animais foram submetidos a experimentos de grau 3 (+7,8%), o que significa: foram testes que causam grande dor aos animais.
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Os defensores do projeto de lei afirmam que os testes devem ser proibidos para evitar sofrimento aos animais, ressaltando que existem formas alternativas de pesquisa.
Já o Parlamento suíço considerou o projeto de lei pouco efetivo e teme que sua aprovação prejudique a pequisa realizada no país. A maioria dos deputados e senadores defende a legislação atual, que só permite testes com animais se não houver métodos alternativos disponíveis.
Os eleitores na Suíça já rejeitaram três propostas semelhantes em plebiscitos: 1985, 1992 e 1993.
Adaptação: Alexander Thoele
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