Suíça pode ter primeira-dama brasileira

Martin Pfister, do cantão de Zug, foi eleito como o novo ministro do governo suíço no segundo turno, obtendo 134 votos. Ele sucederá a ministra Viola Amherd, do Partido do Centro, no Conselho Federal, o poder executivo da Suíça.
Na Suíça, o presidente do país é eleito anualmente pelo Parlamento. A eleição segue um sistema rotativo, no qual um dos sete membros do Conselho Federal — o órgão executivo colegiado do país — é escolhido para exercer a função de presidente por um mandato de um ano.
O presidente não possui poderes adicionais em relação aos demais conselheiros federais e atua principalmente como um primus inter pares (primeiro entre iguais), representando o governo em eventos protocolares e desempenhando um papel simbólico na política suíça. Neste contexto, a mulher de Martin Pfister, Cacilda, pode desempenhar o papel de primeira-dama da Confederação Suíça.

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Campanha discreta
Secretário da Saúde do cantão (estado) de Zug, Martin Pfister, de 61 anos, era praticamente desconhecido fora da Suíça central há apenas cinco semanas, e agora é a figura política mais importante do país. Entrando na corrida para suceder Viola Amherd no último minuto, ele conseguiu derrotar o experiente Markus Ritter.
Durante toda a sua campanha, o novo Conselheiro Federal manteve-se discreto. Martin Pfister sempre pareceu reservado e contido ao responder às perguntas da mídia. Em comparação com o impetuoso e ferrenho Markus Ritter, Martin Pfister é mais uma força silenciosa, que tem sido menos franca do que seu colega – e rival, disse o jornal suíço Blick. Sua formação pode explicar seu caráter: ele estudou história e filologia alemã e se formou como professor.
Ele parece dar grande importância à sua vida privada. Pai de quatro filhos, ele tem uma família reconstituída com sua esposa Cacilda. Em casa, fala-se alemão e português. Sua família sempre foi um pilar de sua vida, como ele enfatizou em várias ocasiões.
A eleição de Pfister mantém o equilíbrio linguístico no Conselho Federal, com quatro membros de língua alemã e três de língua francesa. No entanto, o equilíbrio de sexos foi alterado, deixando apenas duas mulheres no governo.

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