Suíços rejeitam restrição do direito de asilo
Pour ínfima maioria, os eleitores suíços votaram no final de semana contra uma proposta da direita nacionalista que queria restringir o direito de asilo no país. A diferença foi de menos de 3 mil em 2,5 milhões de votos.
Continua em vigor, portanto, a política de asilo praticada atualmente.
No entanto, como a margem de votos é muita estreita, os resultados definitivos só serão divulgados dentro de alguns dias. Com exceção do Cantão de Genebra, a Suíça ainda não dispõe de um sistema de voto eletrônico como no Brasil.
A proposta de restrição do direito de asilo foi da União Democrática do Centro, UDC, o partido mais à direita dos 4 maiores partidos que governam a Suíça. Apresentada sob a forma de iniciativa popular, a UDC reuniu 100 mil assinaturas para poder submetê-la ao voto, elemento essencial do sistema de democracia direta que vigora na Suíça.
Segundo as primeiras estimativas, a maioria dos 26 Cantões (estados) votou a favor da restrição do direito de asilo mas a maioria dos eleitores votou contra.
A aprovação de uma iniciativa requer a dupla maioria, do povo e dos Cantões. Isso é possível porque em ceros Cantões a população é mais conservadora do que em outros.
Suíça dividida
Como geralmente ocorre em questões polêmicas como a do asilo, os resultados mostram um país dividido. Os 6 Cantões da Suíça de expressão francesa votaram contra a restrição do direito de asilo. Berna, Basiléia, Ticino (Suíça de língua italiana, Lucerna e Zoug também votaram contra.
O voto mais nítido contra a iniciativa ocorreu no Jura (60%) Vaud e Valais (58%). Nas Cantões da Suíça central, a restrição do asilo foi aprovada entre 60 e 63%.
O voto não é obrigatório na Suíça. A participação foi de 46,7% dos eleitores, o que está na médias das votações que ocorrem várias vezes por ano.
swissinfo com agências
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