Suíços se desentendem sobre adesão à UE
Adesão imediata proposta por iniciativa popular - instrumento da democracia suíça - seria rejeitada por 47 por cento dos eleitores e apoiada por 39 por cento. 14 por cento estão indecisos. É o que revela sondagem do jornal "SonttagsZeitung", de Zurique.
Em pleno centro da União Européia, a Suíça deve continuar fora desse bloco ainda durante muito tempo. É que o povo está muito dividido sobre a questão, como mostra nova sondagem realizada pelo jornal dominical “SonntagsZeitung”.
A solução transitória encontrada foram acordos bilaterais, regulamentando toda uma série de setores, entre os quais os mais controvertidos dizem respeito a transportes e livre circulação de pessoas.
Esses acordos foram negociados durante 4 anos e aprovados pelo povo dia 21 de maio. Devem começar a vigorar em janeiro.
A Suíça está de fato muito dividida sobre a questão da adesão à União Européia. Além disso as autoridades devem adaptar a legislação antes de eventual ingresso nesse clube dos 15.
Pontos importantes dizem respeito à neutralidade, à democracia direta e ao regime fiscal. Por exemplo a taxa sobre consumo (TVA/IVA imposto sobre valor agregado) é de 7,5 por cento na Suíça e 15 por cento na UE.
Na semana passada, a Câmara dos Deputados rejeitou a recente iniciativa, apoiada pelos “jovens socialistas”, propondo que o governo iniciasse imediatamente as negociações em vista de uma adesão rápida.
Quarta-feira, 14 de junho, o Senado deve também recusar a proposta.
Resta que a Suíça apresentou pedido de adesão em 1992. Mas quando o povo rejeitou por 50,3 por cento o chamado Espaço Econômico Europeu, em dezembro daquele ano, que seria uma mini-adesão, o governo decidiu congelar o pedido.
Certos observadores estimam que a adesão possa ser dentro de 10 ou mesmo 20 anos.
swissinfo com agências.
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