Em 17 de novembro de 1997, 36 turistas suíços perderam a vida em Luxor, no Egito, mortos a tiros por um grupo de extremistas islâmicos. Esse foi o ataque terrorista mais grave perpetrado contra cidadãos suíços. Vinte anos depois, o terrorismo continua a espalhar o medo. No entanto, ao contrário do que se poderia imaginar, o número de ataques e de vítimas está diminuindo.
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Jornalista originário do cantão do Ticino residente em Berna. Lido com assuntos científicos e sociais através de reportagens, artigos, entrevistas e análises. Me interesso por questões climáticas, energéticas e ambientais, assim como tudo relacionado à migração, ajuda ao desenvolvimento e direitos humanos em geral.
“O massacre dos inocentes”, “Morte no Nilo”, “Horror no vale dos reis”, “Massacre suíço em Luxor”: a chacina ocorrida no dia anterior é o título de todos os jornais suíços em 18 de novembro de 1997.
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“Vi imediatamente que a minha mulher estava morta”
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Stephan Kopp survived the attack on November 17, 1997, but his wife was one of 36 Swiss tourists who didn’t.
No sítio arqueológico de Deir el-Bahari, perto de Luxor, um grupo de terroristas pertencentes à organização islâmica al-Gama’at al-Islamiyya abriu fogo contra turistas. O balanço final é pesado: 62 mortos, dos quais 36 suíços.
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Massacre de Luxor, 1997
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As primeiras imagens do ataque de 17 de novembro de 1997 (em italiano).
Desde 1970, os ataques terroristas deixaram cerca de sessenta vítimas helvéticas. O de Luxor continua a ser o pior ataque contra cidadãos suíços.
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Os suíços, obviamente, não são as únicas vítimas do terrorismo, e o Egito não é o único país que enfrenta esse fenômeno. Entre 2012 e 2016, houve mais de 33 mil ataques terroristas em todo o mundo, que mataram 153 mil pessoas em 10 países, de acordo com a Base de Dados de Terrorismo Global (Global Terrorism DatabaseLink externo, GTD) da Universidade de Maryland (EUA). um dos compêndios de referência mais importantes sobre terrorismo *. O mês de junho de 2014 foi o mais negro, com quase 6.300 vítimas.
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A ameaça terrorista veio à tona na Europa especialmente após o ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, em janeiro de 2015, em Paris. Da capital francesa a Bruxelas, de Londres a Berlim, sem esquecer o recente ataque em Barcelona, o terrorismo atinge periodicamente as principais cidades do continente. Mesmo que a Suíça não seja um dos alvos prioritários do terrorismo islâmico, o país deveria estar melhor preparado para lidar com essa ameaça, disse o especialista em estratégia militar Albert A. Stahel à swissinfo. ch em novembro de 2016.
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“A Suíça dispõe de poucos recursos para combater o terror”
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Em outubro o canal público de televisão (SRF) exibiu o filme “Terror – seu julgamentoLink externo“. Nele, terroristas sequestram um avião de passageiros e querem provocar a sua queda sobre um estádio de futebol. Um piloto militar o derruba e 164 passageiros morrem. O piloto é processado. Os telespectadores podem então votar como o filme…
Mesmo assim, a Europa não é o principal palco de violência. Desde 2012, as mortes por terrorismo na Europa Ocidental representam menos de 0,3% do número total de vítimas. Como mostram os gráficos abaixo, a grande maioria das vítimas dos ataques está concentrada em cinco países da Ásia e da África.
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Apesar do aumento constante do número de ataques desde o início do milênio, em grande parte relacionado às atividades da Al-Qaeda, do Talibã, do Boko Haram e do chamado Estado Islâmico, os atos terroristas pelo mundo, e o número de vítimas, apresentam uma diminuição em 2015 e 2016, de acordo com a GTD, após o pico alcançado em 2014.
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* A Global Terrorism Database define um ataque terrorista como “a ameaça de uso ou uso efetivo da força e da violência de um ator não estatal para alcançar um propósito político, econômico, religioso ou social através do medo, coerção ou intimidação.”
A economia suíça deve respeitar os limites do planeta, conforme proposto pela iniciativa de responsabilidade ambiental, ou isso seria prejudicial à prosperidade do país? E por quê?
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Estudo lança luz sobre os soldados suíços do jihad
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Milhares de páginas de registros e relatórios da polícia sobre os jihadistas da Suíça. Foi este tesouro – uma massa de dados mantidos pelo Ministério Público da Confederação (MPC) – que teve acesso Florent Bielmann, um estudante da Universidade de Berna, para sua tese de mestrado. O pesquisador também é analista da Secretaria Federal de…
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