Nem mesmo dois anos se passaram após a rejeição popular da compra de vários caças Gripen, que o governo suíço volta a lançar a questão. Resta saber se os suíços poderão se pronunciar novamente sobre a aquisição.
18 de maio de 2014, os suíços recusam a compra de 22 caças Gripen por 53,4% dos votos. Um tapa para o governo e a maioria do Parlamento, que pretendiam gastar 3,1 bilhões de francos com os aviões.
Mas o novo ministro da Defesa, Guy Parmelin, que assumiu o cargo em 1° de janeiro, relançou a questão. Estudos preparatórios para avaliar novas aeronaves começarão nesta primavera e um financiamento especial para o programa deve ser apresentado ao Parlamento em 2017.
De acordo com o planejamento do Ministério da Defesa, a escolha do avião será feita em 2020, o financiamento da aquisição será submetido ao Parlamento em 2022 e os caças entregues em 2025.
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Reis do céu
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O mais recente capítulo é o debate político sobre a compra de novos aviões de combate tipo Gripen, do fabricante sueco Saab. Tudo começou na I. Guerra Mundial, com o recolhimento de recursos em praça pública. Nos anos 1930, a Força aérea era composta basicamente de aviões fabricados pela França ou Alemanha. Durante a Guerra…
Após a recusa de 2014, será que o governo está fazendo um “capricho”, voltando tão cedo ao ataque? “Não”, responde em um editorial conjunto o “Der Bund” e o “Tages Anzeiger”. Para os dois jornais de língua alemã, os 54 caças Tiger F-5 da Força Aérea Suíça, em função há 30 anos, “são história antiga” e os 31 F/A-18 “estão chegando ao fim”. Ambos jornais repetem o discurso oficial do risco de ficar sem aviões de combate.
Mas a tarefa do governo não será fácil, dizem ainda os dois diários: “depois do fiasco com os Gripens, uma coisa ficou clara: apoiar o exército nas urnas é coisa do passado”.
No entanto, não é certo que os suíços possam se manifestar novamente sobre a compra de aviões de combate, observa o “Blick”. De acordo com o tabloide da Suíça alemã, “o Ministério da Defesa afirma que a questão ainda está em aberto. Mas, de acordo com várias fontes, o governo quer evitar a possibilidade de uma votação imprevisível usando o orçamento regular do exército para comprar novos aviões”. Neste caso, um referendo não seria possível.
Sobraria ainda aos suíços a arma da iniciativa popular para pedir que seja inscrita na Constituição a proibição de adquirir uma determinada aeronave ou aviões de combate em geral. Uma maneira mais difícil, porque a iniciativa exige a recolta de 100 mil assinaturas, o dobro que um referendo, e a obtenção de maioria em ambos povo e cantões.
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O que é uma iniciativa popular?
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Iniciativa popular é um instrumento da democracia direta (ou democracia semidireta) que torna possível, à população, apresentar projetos de lei. Ela permite que a sociedade possa influir diretamente sobre importantes questões cotidianas. Na Suíça, as iniciativas podem ser apresentadas se cumprirem determinadas exigências. Explicamos tudo neste vídeo.
A economia suíça deve respeitar os limites do planeta, conforme proposto pela iniciativa de responsabilidade ambiental, ou isso seria prejudicial à prosperidade do país? E por quê?
Estamos interessados em sua opinião sobre a iniciativa de responsabilidade ambiental.
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O que é a educação cívica?
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Os cidadãos podem de fato submeter suas próprias proposições de lei ou contestar uma legislação já aprovada pelo Parlamento. Mas a democracia só funciona se o povo conhece as regras e participa. Muitas democracias sofrem de uma fraca participação, devido uma educação cívica insuficiente. Na Suíça, também se poderia fazer mais.
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A recusa dos suíços em instituir o que seria o maior salário mínimo do mundo teve grande repercussão na imprensa nacional e internacional. Para o colunista do Tages Anzeiger, Andreas Valda, “os salários mínimos são negociáveis” e a rejeição maciça do salário mínimo é “um fundamento para as condições liberais do mercado de trabalho”. O…
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Na noite do 16 de fevereiro, um voo de da companhia etíope de aviação com destino a Roma é desviado em pleno voo e toma a direção da Suíça. O avião foi escoltado por Eurofighter italianos e depois por Mirage 2000 francês que o acompanhar até pouso na pista do aeroporto de Genebra. Quanto às…
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